O economista Adriano Luiz Leocádio assumiu, nesta terça-feira (13), a presidência da Caixa de Assistência ao Servidor Público Municipal de Santos (Capep Saúde). Servidor público concursado, ele está na Prefeitura desde 2008 e, antes da nomeação, exercia o cargo de assessor econômico da Secretaria de Finanças.
"O principal desafio é fazer um choque na gestão da autarquia para que a gente possa propor um novo modelo de atendimento para os mutuários da autarquia. Preservar o atendimento a saúde. Essa é a grande missão da Capep-Saúde", destacou Leocádio, que colocou como ação emergencial o restabelecimento do atendimento pelo Hospital Frei Galvão.
"Essa é a primeira grande missão que eu tenho e a partir de amanhã (quarta-feira, 14) a gente já vai buscar retornar o atendimento. Irei buscar a diretoria do hospital para que a gente possa ter condição de retornar o atendimento ao mutuário", disse o presidente da Capep.
Segundo o executivo da autarquia, os próximos 30 dias serão utilizados para um levantamento em relação a toda estrutura da Capep para obter um melhor panorama da situação enfrentada pelo órgão. "Em 30 dias temos uma posição da situação e um plano de ação mais detalhado do que pode ser feito. Tudo será conversado com a categoria, negociado com os sindicatos para que a gente possa ter uma transição harmoniosa, sem rupturas, sem interrupção de atendimentos", analisou.
A dívida da Capep com fornecedores, hoje, está em torno de R$ 17 milhões. Já os débitos da Prefeitura de Santos com a autarquia é de R$ 5 milhões, o que gera ainda uma difrença de R$ 12 milhões. A promessa de Adriano é que haverá uma conversa com os credores para viabilizar a quitação dos valores.
AdrianoLuiz Leocádio disse que tem conhecimento da situação financeira da Capep, uma vez que fez parte do Conselho Fiscal da empresa. No entanto, o presidente da autarquia falou que o período de 30 dias para que tenha ciência também da gestão do órgão.
"O Conselho Fiscal tomou ciência da situação de deficit da autarquia. Essa situação da situação fiscal, a gente tem conhecimento. Conhecimento da gestão, do dia a dia, só conhece quem está trabalhando lá. Nesses próximos 30 dias vamos conversar com os servidores, ouvir aqueles que estão lá, para que a gente possa propor uma ação mais efetiva no sentido de gestão. É uma diferença enorme você ser membro do Conselho Fiscal e você ser o presidente-executivo de uma autarquia. A responsabilidade é de executor, não mais de mero fiscalizador. Não há contradição nas duas coisas. Uma coisa é o conhecimento da situação fiscal da autarquia, outra coisa é o dia a dia, os contratos. São as nuances do dia a dia é que precisamos tomar pé", comentou.
De acordo com o presidente da Capep, a ideia é levar um modelo de gestão, já adotado na Secretaria de Finanças, para a autarquia. Ele ressaltou que, apesar de não ser possível dizer se será possível"com aumento de receita equilibrar os gastos, no modelo que está, não dá para continuar".