Adoção de animais em Santos cresce 80% durante a pandemia e devolução é quase nula

Adoção por impulso é uma das maiores preocupações da Codevida, que atualmente abriga cerca de 120 animais

Por: Carolina Faccioli  -  14/09/20  -  18:20
Cachorro da codevida
Cachorro da codevida   Foto: Alexsander Ferraz

A pandemia do novo coronavírus pode ter dado um empurrãozinho a mais para quem já desejava ter um animal de estimação em casa. Segundo a Coordenadoria de Defesa da Vida Animal (Codevida), houve um aumento de aproximadamente 80% nas adoções de cães e gatos durante os meses de maio e junho deste ano, em comparação com 2019.


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Nesse período, apenas dois animais foram devolvidos à Codevida. O número baixo de devoluções deve-se a rígida entrevista pela qual passam todos os interessados.Leila Abreu faz parte da Codevida há 10 anos e conta que o principal objetivo é sempre o bem estar do animal. “A nossa maior preocupação era que a pandemia tivesse criado adoções por impulso. Somos muito criteriosos e geralmente até criticados por isso”.


A coordenadora da Codevida conta ainda que as pessoas têm mais preconceito em adotar o animal que já é adulto ou de cor preta. Por isso, a Codevida desenvolveu campanhas para desmistificar preconceitos envolvendo esses animais, que já tem gerado bons resultados. Durante a pandemia, cerca de cinco animais com essas características foram adotados.


Um dos cachorros mais idosos da Codevida foi adotado pela família da Thaís Marcondes Matos. Junto com o marido Bruno Fernandes e com os filhos, ela decidiu adotar o Cintra, um cão preto e de porte médio. Depois de passar por toda a avaliação e adaptação, o cachorro encontrou um lar responsável e amoroso.


Cintra conseguiu se adaptar bem na casa de Thaís
Cintra conseguiu se adaptar bem na casa de Thaís   Foto: Arquivo Pessoal

Thaís conta que a decisão foi tomada com muita seriedade e que a pandemia serviu para facilitar a busca pelo animal, já que tinha mais disponibilidade para concluir o processo de adoção.


Além disso, a educadora afirma que, apesar de Cintra ser um cão idoso, com paciência e carinho é possível educá-lo. “Eu acho que as pessoas têm medo deles chegarem com a personalidade formada, mas a gente não tem como saber nem quando é filhote. Não importa se é novo ou se é velho, a gente consegue educar”, afirma.


Todos os animais doados pela Codevida são castrados, vacinados e microchipados. No caso de gatos, se for para apartamento, este deve ser todo telado e, se casa, deve ter muros altos sem rota de fuga. Aos interessados, a Codevida fica na Rua Francisco Manoel, sem número, no bairro Jabaquara, em Santos. O telefone é 3203-5075 e as entrevistas acontecem de segunda a sexta-feira, das 11h às 15h.


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