Abandonado, Outeiro de Santa Catarina deve estar renovado só em 2021

É um prazo otimista para restauro do local

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  16/08/19  -  23:54
Marco da fundação de Santos, espaço precisa de recuperação, e obra depende de verba estadual
Marco da fundação de Santos, espaço precisa de recuperação, e obra depende de verba estadual   Foto: Alexsander Ferraz/ AT

Talvez em 2021. Essa é a expectativa para que se mude o cenário de pichações, infiltrações, rachaduras com mais de dois metros, vegetação saindo do reboco quebrado, azulejos tomados por limo e portões de ferro corroídos no marco inicial da história de Santos: o Outeiro de Santa Catarina, no Centro.


Abandonado, o espaço aguarda projeto da prefeitura para restauro. A obra não começará antes porque o dinheiro virá – se houver aprovação – do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur) em 2020. Depois, segundo o diretor presidente da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), Luiz Dias Guimarães, a obra levaria cerca de um ano.  


Então, a instituição, que em 2015 já tinha apenas uma sala aberta, poderia voltar a ter o espaço como sede e promover visitas.


A ideia é que, de segunda a sexta-feira, a história local seja encenada a crianças das escolas municipais e, aos fins de semana, a turistas. Por enquanto, o local continua interditado.


Medidas emergenciais 


Neste ano, o projeto não foi contemplado pelo Dadetur. Por isso, Guimarães cita que restam ações emergenciais de preservação.


A cada 15 dias, equipes aparam grama e podam a vegetação. Nesta quinta-feira (15), se abriu procedimento para reinstalar o alarme: o antigo estava desativado devido ao furto do relógio de energia elétrica – o mesmo ocorreu com o marcador de água. 


“Fazemos o que dá para fazer. Fiz um orçamento para saber quanto custaria vigilância noturna, e ficaria em torno de R$ 8 mil ao mês. A Fams não tem orçamento para isso”, conta. 


Trabalhadores de prédios vizinhos disseram à Reportagem que o espaço é alvo de usuários de drogas à noite – o que explica janelas abertas. 


De volta  


Com o Outeiro restaurado, a prefeitura deve recolocar a sede da Fams lá. Hoje, fica na Rua Amador Bueno, 22, no Centro.  


A ideia, conforme Guimarães, é pôr à disposição 300 mil imagens, mapas e memória oral em projeções aos visitantes. 


O Outeiro é considerado o marco inicial da povoação santista. Ali ficavam duas capelas consagradas à Santa Catarina de Alexandria, núcleo inicial da Vila de Santos. 


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