Santos tem melhor índice de limpeza urbana entre cidades com mais de 250 mil habitantes
Outras cidades da Baixada Santista também aparecem na pesquisa: Guarujá (23ª), São Vicente (36ª) e Praia Grande (54ª)
Santos é a cidade com o melhor resultado no Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (Islu) entre os municípios com mais de 250 mil habitantes. O dado consta na 4ª pesquisa realizada em cooperação entre o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) e a PricewaterhouseCoopers (PwC).
Outras cidades da Baixada Santista com mais de 250 mil habitantes também aparecem na pesquisa: Guarujá (23ª), São Vicente (36ª) e Praia Grande (54ª). Apenas São Vicente teve queda na tabela em comparação ao ano passado, quando ocupava a 14ª posição.
De acordo com o assessor do Departamento de Economia da Selurb, Leonardo Silva, os principais tópicos do Islu são: engajamento do município, que avalia o percentual da cobertura da coleta de resíduos; Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), sobre a participação do indivíduo na atividade; capacidade financeira de executar o serviço de limpeza; recuperação de resíduos e passivo que o município deixa para o ambiente, caso destine o lixo a um lugar inadequado.
Em Santos
O secretário de Governo de Santos, Rogério Santos, diz que a colocação no Islu é motivo de “orgulho”, mas ressalta que a pesquisa vai além de um ranking, pois permite a autoavaliação por melhorias.
Ele destaca que a coleta é realizada em toda a Cidade, que o IDH em Santos é o 6º do País e o contrato com a empresa de coleta "não impacta tanto na receita do Município", mas “pode melhorar”.
O secretário ressalta que a destinação do lixo é positiva e levou nota máxima na questão do impacto ambiental. A reutilização e reciclagem do material coletado, porém, são pontos “em que Santos tem que melhorar muito, assim como o Brasil todo”.
O gestor ressalta que a Prefeitura deve assinar uma Parceria Público-Privada (PPP) da limpeza urbana, já com aprovação da Câmara, para assinar um contrato que preveja tecnologia para a reciclagem, coleta e cadeia inversa da produção do lixo.
Maior dificuldade.
O assessor da Selurb aponta que a falta de capacidade financeira e a destinação inadequada do lixo são os itens mais difíceis de serem cumpridos.
“Temos um problema muito grande com a destinação final. A Política Nacional de Resíduos Sólidos deu prazo para a eliminação dos lixões no País, mas ele tem sido adiado. Inicialmente seria em 2014 e, hoje, ainda temos 3 mil lixões. O que é inaceitável para qualquer país”.
Pesquisa
Silva explica que o Islu avalia dados referentes aos 5.570 municípios do País. Ele capta as informações de fontes públicas e oficiais. Segundo o assessor, a ideia é que o índice mostre como andam a limpeza urbana e a aderência da política nacional para governos, empresas ou sociedade civil possam priorizar ações.
A pesquisa se baseou em estudos do próprio Selurb, da PwC, Ministério das Cidades, outros documentos internacionais e a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Tudo para entender quais aspectos estão relacionados à limpeza urbana”.
