Saldo de empregos é estável na Baixada Santista

Enquanto o País registra mais aberturas de vagas do que perdas, a região teve pequena retração; setor de serviços puxa a queda

Por: Eduardo Brandão & Da Redação &  -  23/11/19  -  18:43
O comércio em Praia Grande teve o melhor resultado na geração de empregos, em outubro
O comércio em Praia Grande teve o melhor resultado na geração de empregos, em outubro   Foto: Carlos Nogueira/AT

Na contramão do País, que pelo sétimo mês consecutivo ganhou vagas formais, a Baixada Santista encerrou outubro com leve queda no ritmo de contratações com carteira assinada. A região registrou o fechamento de 12 postos, puxado pelo desempenho negativo de Santos (-275) e de Cubatão (-235). 


O resultado encerrou dois meses seguidos de tímida recuperação nas admissões. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na noite de quinta-feira (21) pelo Ministério da Economia, foi o pior resultado para o período desde 2016, quando houve a extinção de 1.090 vagas de trabalho na Baixada Santista. 


O saldo negativo é fruto de 8.975 admissões e 8.987 demissões. O cenário atual é o oposto do comportamento do mercado de trabalho no ano passado. Em outubro de 2018, as nove cidades somaram 475 novos postos. Economistas ouvidos por A Tribuna creditam o fraco desempenho à estagnação da economia. 


Por cidade


Praia Grande foi a cidade com o melhor resultado no mês passado, com a geração de 207 postos de trabalho – diferença entre 1.420 contratações frente 1.213 desligamentos. O comércio puxou o indicador, responsável por uma em cada três novas vagas.


São Vicente (88), Bertioga (83), Guarujá (59), Itanhaém (37), Mongaguá e Peruíbe (12) aparecem na sequência. Construção civil e comércio foram os setores que mais empregaram. 


Todos os setores com menos


Santos teve o pior desempenho regional, com o fechamento de 275 vagas – diferença entre 3.983 contratações e 4.258 desligamentos. 


Exceto cargos da administração pública, todos os setores registraram mais demissões que contratações no Município. Serviços (-128) e construção civil (-90) foram as áreas santistas que mais fecharam postos com carteira assinada. 
Cubatão também contribuiu para reduzir o estoque de trabalhadores formais na região, com saldo de 235 fechamentos – diferença entre 490 contratações e 725 desligamentos. 


Construção civil (-214) e indústria (-38) foram os setores com mais demissões. Término das paradas programadas de indústrias explica os números. 


A leve retração encerra dois meses de recuperação no mercado de trabalho. Em setembro, a Baixada Santista havia criado 1.038 vagas com carteira assinada. No mês anterior, foram gerados 593 postos formais. 


Para o economista Fernando Chagas, o comportamento do mercado de trabalho regional demonstra “um cenário ainda preocupante” para 2020. “A dificuldade que o País encontra para recuperar os empregos perdidos na recente recessão é a falta de investimentos em infraestrutura e lento processo de concessão de serviços públicos, sem falar na pouca confiança do empresariado”. 


Acumulado


No acumulado dos 10 meses do ano, o saldo regional do Caged também ficou no vermelho, com fechamento de 840 postos com carteira assinada – 88.619 admissões e 89.459 demissões. 


O resultado atual reverteu o ritmo de contratações aferidas um ano antes, quando houve saldo positivo de 109 vagas. 


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