Prefeituras vão fornecer merenda a famílias de alunos em maior vulnerabilidade

Mesmo com aulas suspensas, municípios vão criar estratégias para ajudar na alimentação de alunos que mais precisam

Por: Tatiane Calixto  -  27/03/20  -  22:58
Prefeitura nega que haverá paralisação da categoria
Prefeitura nega que haverá paralisação da categoria   Foto: Divulgação

Os prefeitos das nove cidades da região decidiram distribuir alimentos a crianças que não estão frequentando as escolas por conta da suspensão das aulas. A medida faz parte de um pacote divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), após mais uma reunião para discutir estratégias regionais de combate à pandemia da Covid-19.


A ideia é que, mesmo com as atividades educacionais interrompidas, as prefeituras forneçam kits, cestas ou refeições, de acordo com a realidade municipal, para garantir o necessário para às famílias em vulnerabilidade social. Também ficou determinado que será encaminhado ofício ao Governo de São Paulo para que o estado faça o repasse dos recursos para a merenda escolar como forma de manter o programa de alimentação.


Antes mesmo da decisão conjunta, porém, alguns municípios já estavam fornecendo a merenda ou se organizando para isso. Em Guarujá, por exemplo, a prefeitura reabriu as portas da rede na terça-feira (24) para ofertar alimentação aos estudantes. 


A medida acatou uma recomendação do Ministério Público que pediu a adoção da estratégia no enfrentamento do novo coronavírus. Ainda assim, as aulas permanecem suspensas. A prefeitura guarujaense afirma que as refeições são oferecidas em marmitex e que as escolas mantêm dois horários para alimentação dos alunos: das 11h às 12h e das 14h às 15h.


Em Praia Grande, a Secretaria de Educação fez o mapeamento para diagnosticar quantos alunos estão em situação de vulnerabilidade social. E começou, também na terça-feira, a distribuir produtos perecíveis e com data de validade estipulada para os próximos meses. As famílias beneficiadas retiram os itens na unidade onde a criança está matriculada. 


Estudos


Antes da decisão do Condesb, a Secretaria de Educação de São Vicente já fazia um levantamento dos alunos que necessitam de alimentação complementar elaborando um plano estratégico para atendê-los, com previsão de início para a próxima semana. 


Em Peruíbe, a administração municipal também tinha dado início ao estudo de uma forma de promover ação de complementação alimentar envolvendo as secretarias de Educação e Assistência Social. Assim como a Prefeitura de Bertioga, que já estava estabelecendo uma logística para realizar a distribuição sem provocar aglomerações. 


Lá, a previsão é que, entre 15 e 20 dias, comecem a ser distribuídos kits de alimentos com itens para atender uma média de quatro crianças por família em situação de vulnerabilidade social e risco alimentar. 


Estado 


Na última quarta-feira (25), o governador João Doria (PSDB) anunciou o programa Merenda em Casa. A iniciativa irá repassar R$ 55 por mês (até perdurar a suspensão das aulas) às famílias de cerca de 700 mil alunos da rede estadual, que recebem o Bolsa Família ou vivem em condição de extrema pobreza, de acordo com o Cadastro Único do Governo Federal. 


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