Prefeitos pedem ampliação de vagas para internação no Hospital Regional de Itanhaém

Unidade opera no limite, e autoridades pedem que rede pública de Saúde da Baixada Santista não atenda pacientes de fora do litoral

Por: Tatiane Calixto  -  13/05/20  -  18:14
Vítima está hospitalizada no Hospital Regional de Itanhaém
Vítima está hospitalizada no Hospital Regional de Itanhaém   Foto: Divulgação/Hospital Regional de Itanhaém

Com a ocupação de leitos perto de 80% na região, os prefeitos da Baixada Santista pedirão ao Estado que amplie as vagas para internação no Hospital Regional de Itanhaém. A unidade opera no limite. Até por isso, outro pedido das autoridades é que a rede pública de Saúde da região não atenda pacientes com covid-19 de fora do Litoral.


Conforme A Tribuna noticiou nesta terça-feira (12), dois moradores da Grande São Paulo foram transferidos e seguem em tratamento no Hospital Emílio Ribas II, em Guarujá. A pauta a ser levada ao Governo Estadual foi decidida nesta terça, em reunião por videoconferência do Comitê Metropolitano de Contingenciamento do Coronavírus na Baixada Santista.


Mais leitos 


“Além dos leitos em Santos e Praia Grande para atender à nossa região, queremos que o Estado priorize a ampliação do atendimento no Hospital de Itanhaém, uma unidade que é do Estado”, afirma o presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb) e prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). 


Conforme o prefeito de Itanhaém, Marco Aurélio Gomes (PSDB), serão solicitados 40 leitos, sendo dez de UTI e outros 30 de enfermaria. Na última segunda-feira, os dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade estavam ocupados e dos 15 de enfermaria, somente um estava disponível. 
Segundo o prefeito, a unidade já tem estrutura física para a nova demanda. “O Hospital de Itanhaém já é utilizado pelo Governo do Estado. O que pedimos agora é prioridade na comple-mentação dos recursos”.


Isso, de acordo com Gomes, compreende a ampliação das equipes profissionais e equipamentos. “Demos um passo importante, que foi definir essa questão como prioridade no Condesb. Tenho certeza que, levando esse pleito como um consenso da região, o Estado irá nos atender”. 


De fora 


Outro consenso entre os prefeitos da região é solicitar ao governador João Doria (PSDB) que a rede de Saúde da Baixada não atenda casos de fora da região. 


“Nós tivemos casos em Guarujá de pacientes de outras cidades fora da Baixada que foram transferidos e estão sendo atendidos. Nada contra. A questão humanitária é importante. Mas o pedido é que o Estado possa transferir esses pacientes a locais com baixa ocupação de leitos”, afirmou Barbosa.
Ele frisa que, na região, a ocupação de leito ultrapassa os 80% e, por isso, é necessário priorizar o atendimento dos pacientes daqui. 


Outro lado


A Secretaria Estadual de Saúde confirma a informação de pacientes da Grande São Paulo internados em Guarujá e diz que “eventuais” transferências de hospitalares e de municípios serão feitas, se e quando houver necessidade, pela Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross). 


A pasta ressalta que a Baixada Santista dispõe de cinco serviços de referência para tratamento de quem precisa de internação: hospitais Emílio Ribas II (Guarujá), Regional de Itanhaém, Irmã Dulce (Praia Grande, Estivadores e Guilherme Álvaro (os dois em Santos). Todos recebem verba estadual para o funcionamento.


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