Prefeitos da Baixada Santista avaliam primeiros 100 dias de governo em meio à pandemia

Segunda e mais agressiva onda do coronavírus exigiu ampliação de recursos e muito trabalho dos administradores

Por: Maurício Martins  -  11/04/21  -  13:08
Cidades gastaram recursos extras com a pandemia de coronavírus
Cidades gastaram recursos extras com a pandemia de coronavírus   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Os primeiros 100 dias do governo costumam ser para arrumar a casae dar cara à Administração, iniciando os projetos, principalmente para o prefeito que assume o cargo pela primeira vez.Mas,no meio do caminho,houve uma segunda e agressiva onda da pandemia que exigiuampliação de recursos e muito trabalho dos administradores. Mas,mesmocom foco totalnacovid-19, os prefeitos da Baixada Santista dizem que conseguiram fazer os ajustes necessáriospara manter a máquina pública funcionando e dar sequência aosprojetos.


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Bertioga


O prefeito de Bertioga, Caio Matheus (PSDB), explica que a arrecadação de impostos se manteve nesses 100 diase que foi possível fazer frente às demandas da pandemia, como a duplicação de leitos de UTI, com o planejamento feito na virada do ano. Segundo ele, já havia uma reserva financeira para caso de necessidade, que foi usada. Assim, o prefeito destaca que os projetos para o início do mandato foram mantidos.


“O novo centro de especialidades médicas,aampliação e modernização daunidadede atenção básicaemBoraceia,reforma da maternidade da Cidade.Entregamos uma nova orla de praia urbanizada no bairro Rio daPraia,umanova creche euma nova escolaem São Lourenço.Estamos com frente de trabalho de pavimentação em vários bairros”, detalha.


Cubatão


O prefeito e Cubatão,AdemárioOliveira (PSDB), ressalta que osprimeiros 100 dias tiveram impacto financeiro direto por conta da pandemia,jáque os gastos com o sistema de saúde foram suportados pela Prefeitura, cerca deR$ 5,5 milhões.O índice com o setor subiu de 18% para 23% do orçamento. Ainda assim, diz o prefeito, foi possível avançar em obras.


"As obras mais importantesem andamento hoje são a urbanização da Vila Esperança e da Vila dos Pecadores.Podemos citar, ainda, as obras de macro emicrodrenagemque vão acabar com as enchentes em bairros como Ilha Caraguatá, Vila Nova, Vale Verde e Vila Natal; revitalização do Centro Esportivo Armando Cunha (Casqueiro)”.


Guarujá


O prefeito de Guarujá,VálterSuman(PSB), diz que foram investidosR$ 9,526 milhões doMunicípio na pandemia nesse início de ano.municipal.A Administraçãofoi alocandorecursos que seriam investidos em outras áreas de acordo com a necessidade.


“Mas as obras não pararam, temos30 em execução.No combate às enchentes, duas grandesobras de macrodrenagem dabacia doRio doMeio eRioSantoAmaro. Estão quase concluídas as reformas dos mirantes da Campina e das Galhetas. Fizemos revitalização de praças,restruturaçãodo acessoàorla de Pitangueiras”, cita.


Itanhaém


O prefeitode Itanhaém Tiago Cervantes (PSDB)explica quea Prefeitura registrou queda nas principais fontes de arrecadação, como IPTU, IRRF, taxas e contribuições.Otransporte públicofoi impactado, com queda der 60% o número de passageiros/mês, elevando o pagamento do subsídio àconcessionária.


“AAdministração priorizou, inicialmente, a reorganização dos serviços de zeladoria e manutenção viária. Quanto às obras, foi realizado um estudo das intervenções mais importantes e urgentes, como a drenagem de rios, córregos e abertura de valões, tendo em vista a estação das chuvas”.


Mongaguá


O prefeito de Mongaguá,Márcio Melo Gomes, o Márcio Cabeça (Republicanos), diz que conseguiu um equilíbrio financeiro com planejamento e corte de gastos. Ele lembra que trocava três vezes por semana 18 cilindros de oxigênio na Cidade, total que aumentou para 49 vezes.


“Já vinha num ritmo deobras porque eu tinha planejado, feito um caixa.Mais de60 mil metros quadrados depavimentação estãoem andamento em 13 lugares daCidade.Investimosem drenagem,em iluminaçãopública e noesporte. Terminamos esses 100 dias comalicitação doCAPS (Centro de Atenção Psicossocial), investimento de R$ 2 milhões”.


Peruíbe


O prefeito de Peruíbe, Luiz Maurício (PSDB), diz que a gestão começou “com os pés no chão” e que o corte e despesas foinecessário, evitando novos investimentos e concluindo o que já estava em andamento.


"Entregamostrêsescolas queestavam emconstruçãoereforma, duasunidades básicas desaúde, algumas obras depavimentaçãoem bairros.Avançamosnessasobras que já estavam em andamento. Seguramos oiníciode novos projetos e novas despesas. Quando tivermos segurança no orçamento avançaremosnesses projetos”.


Praia Grande


A prefeita de Praia Grande,RaquelChini(PSDB), diz que o caixa da Prefeitura estava no azul e planejado, mas o impacto da pandemia exigiu açõesemergenciais. Foram R$ 24 milhõesde recursos gastos na saúde, que iriam para outras pastas.


"O foco foi a saúde, mas outras secretarias continuaram trabalhando.Revestimentosde canais, urbanização, desassoreamentode galerias, investimentos em drenagem para acabar com alagamentos e recapeamento em vários bairros”, cita a prefeito como algumas das obras.


Santos


O prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), diz que pegou a Prefeitura com R$ 70 milhões em caixa e contas pagas. Mas a pressão no sistema de saúde foi inimaginável, obrigando redução de despesas e parceria com a Câmara Municipal para ter dinheiro suficiente. Só em março, Santos abriu 42 novos leitos e UTI.Rogério diz que, apesar disso, projetos caminharam no período.


“Estamos com R$ 15 milhões em obras nos morros e lançamos licitação para mais R$ 5 milhões.As obras de macrodrenagemestão em andamento.Incrementamosnosso sistema de transparência com metas e indicadores. Aeficiênciaé prioridade. Sãoaçõesquetínhamostraçado”.


São Vicente


O prefeito de São Vicente,KayoAmado (Podemos),teve o pior cenário. Afirma que pegou a Prefeitura com restos a pagar de R$ 200milhões, R$ 700 milhões em dívidasedespesasmensaisR$ 8milhõessuperiores às receitas.Ainda assim, precisou ampliar de 19 para 47 leitos covid-19. Diz que fez isso com diálogo e enxugamento da máquina.


"Já sabendo quepegaríamosuma prefeitura quebrada, sabia eu não faria grandeentregas(nesses primeiros meses). Foram 100 dias para arrumar a casa. Renegociando contratos, fazendo reduções.Não existe projeto prioritário de 100 dias que não seja enfrentar a pandemia”.


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