Preço alto da carne faz consumidores driblarem rotina diária na Baixada Santista

Especialistas dão dicas de como substituir a proteína nos cardápios

Por: Da Redação  -  25/11/20  -  14:30
Um dos motivos para o aumento observado são as exportações: com menor oferta interna de carne
Um dos motivos para o aumento observado são as exportações: com menor oferta interna de carne   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Manter a carne nas refeições, ao lado do arroz e feijão, está cada dia mais salgado. O preço do produto não para de subir. E na região não é diferente. Muitos consumidores, assim como a dona de casa Carmem dos Santos, de 53 anos, têm usado a criatividade na hora de preparar o almoço e o jantar.


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Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), um dos motivos para o encarecimento do produto é o aumento do volume das exportações de carne bovina brasileira para a China, o que provoca uma redução na oferta dentro do mercado interno e a consequente elevação dos preços.


“Em casa, são cinco pessoas para comer e a quantidade não é pequena. Imagine para duas refeições no dia! Não tem salário que aguente isso”, desabafa.


Uma alternativa que ela encontrou foi investir em frango e ovos. “Eles são mais baratos, gostosos e fazem bem para a saúde também. Tenho de me virar para encher a barriga do povo”, brinca ela.


Já a enfermeira Viviane Santana, de 37 anos, diz que não abre mão da carne por conta dos filhos de 3 e 6 anos. “Estou economizando em outros itens, como não pedindo uma pizza durante a semana e evitando tomar café na rua. A nossa alimentação é o mais importante, ainda mais com as crianças em casa direto e em tempos de pandemia de coronavírus”.


O que fazer


A economista Karla Diaz diz que é fundamental pesquisar preço em supermercados e açougues. “Isso deveria ser um hábito para tudo, mas infelizmente não é. Então, quando percebemos uma alta desse tipo, é bom tentarmos assimilar a importância dessa atitude e fazer com que seja rotina. Certamente, o consumidor perceberá uma economia significativa, principalmente no fim do mês”.


Assim como a dona de casa Carmem, o ideal é investir em outros alimentos semelhantes, indica a nutricionista Jéssika Prestes. “Para não acontecer uma queda na ingestão de proteínas, o ovo aparece como uma boa opção. Ele é mais barato e uma proteína completa”.


Mas, segundo ela, é preciso prestar atenção na quantidade. A nutricionista explica que um filé de carne de 100 gramas tem 25 gramas de proteína. Por isso, para substituí-lo, é preciso comer ao menos três ovos, já que cada um tem uma média de 7 gramas de proteína.


Soja, nozes, grão de bico, frango e lentilha também são boas alternativas, diz Jéssika.


“As proteínas formam a nossa massa muscular e ajudam a manter a elasticidade. Os hormônios também são formados por proteínas. Por isso, é fundamental ter a preocupação de comer da maneira correta, mas o alimento deve ser bom para a saúde e para o bolso”.


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