Atendentes da Educação participaram, na manhã do último sábado (30), de uma reunião do Sindicato dos Servidores Municipais de Praia Grande para exigir da prefeitura o piso salarial do Magistério.
A categoria, que conta com cerca de 1.500 profissionais - mulheres na maior parte -, recebe abaixo do piso, que é de R$ 2.557. Atendentes I ganham R$ 1.100, e do nível II, R$ 1.500.
“É um absurdo que recebam R$ 1.450, é R$ 1.000 a menos que o piso garantido pelo Ministério da Educação”, reclamou o presidente do sindicato, Adriano Roberto Lopes da Silva, o Pixoxó.
Uma das atendentes disse na reunião que a prefeitura prometeu, há alguns anos, enquadrá-las na categoria de professor, cujo salário é de R$ 2.880, além de benefícios. “Não cumpriram a palavra, apesar de o pessoal ter se esforçado e estudado bastante na formação pedagógica, inclusive com pós-graduação”, lamenta o sindicalista.
Outra atendente, que também não se identificou, lembrou que a atividade profissional é importante para a formação das crianças, para toda a vida. Segundo ela, os níveis I e II exercem as mesmas tarefas.
Além do piso garantido pela Lei Federal 11.738/2008, os atendentes querem ser enquadrados nas normas do Magistério, que garante outros direitos e benefícios.
Adriano encaminhará as reivindicações à prefeitura, e disse que “será uma luta difícil, mas não impossível. Precisamos, no entanto, de maior participação da categoria”.
O sindicalista orientou aos atendentes a participarem da primeira assembleia da campanha salarial, na sexta-feira (5), às 19h, na colônia de férias dos comerciários, onde ocorreu a reunião de sábado.
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou desconhecer o que foi tratado nesse encontro, visto que foi uma reunião fechada do Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Estância Balneária de Praia Grande. Desta forma, o município vai se pronunciar somente após ter acesso ao conteúdo da reunião e aos questionamentos nela propostos.