Praia Grande vai escalonar abertura no comércio para evitar aglomeração

Proposta prevê horários diferentes por segmentos para evitar sobrecarga no transporte público e reduzir circulação de pessoas nas ruas

Por: Eduardo Brandão  -  01/06/20  -  15:13
Protocolos vão definir as atividades que podem reabrir em Praia Grande
Protocolos vão definir as atividades que podem reabrir em Praia Grande   Foto: Divulgação/Prefeitura de Praia Grande

O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), aguarda apenas a reclassificação do Estado sobre a adoção de regras menos rígidas da quarentena na Baixada Santista para editar decreto com a flexibilização do comércio municipal. A proposta, elaborada em conjunto aos empresários da cidade, prevê horários diferentes de abertura de lojas conforme a atividade econômica. Também indica um período menor de funcionamento dos estabelecimentos enquanto durar a pandemia do novo coronavírus. 


A expectativa é que o Palácio dos Bandeirantes passe a região da fase 1 (vermelha, apenas com liberação de serviços essenciais) para a 2 (laranja) até terça-feira (2). Com isso, atividades como escritórios, imobiliárias, shoppings e o comércio poderão reabrir, desde que adotadas regras de restrições.


Mourão sustenta que um decreto específico para a reativação dos setores econômicos de Praia Grande já está finalizado, podendo ser adotado nos próximos dias. Ele não descarta adotar essas medidas na cidade, independente do posicionamento do Estado. Isso porque a reclassificação regional nos critérios estabelecidos no Plano São Paulo depende de o índice de ocupação de leitos hospitalares permanecer abaixo do teto de 80%. Essa marca se manteve desde sexta-feira (29), garantem autoridades locais.


Mourão explica que medidas sanitárias e de distanciamento social foram planejadas para evitar aglomeração no ônibus municipais e nos centros comerciais praia-grandenses a partir desta semana, quando o comércio regional pode ser retomado. Uso de máscara e adoção de medidas de higienização das mãos seguem obrigatórios para o acesso aos estabelecimentos,


“Uma das propostas em estudo é possibilitar a abertura do comércio em um prazo máximo de seis horas. Assim, o trabalhador não precisa fazer o horário de almoço em casa, reduzindo o uso do transporte público”, afirma. 


Outro cuidado é determinar uma escala de horário de abertura dos estabelecimentos conforme setores. Pelas regras, haveria inícios das atividades escaladonas por setor, que iria variar a partir das 8h. Mourão argumenta que essa medida evitaria um elevado número de passageiros no transporte público por trabalhadores do comércio. “Também uma maneira de reduzir o fluxo de pessoas nas ruas em determinados horários”, diz. 


Mourão destaca que os empresários terão o compromisso de acompanhar a o quadro clínico de seus trabalhadores. “O trabalhador apresentou síndrome gripal, volta para a casa. O empresário terá  que comunicar a prefeitura para termos controle. Depois, manda testar. Isso será uma das condições para manter o estabelecimento aberto”. O prefeito garante que sem essa ação há o risco de uma “explosão de casos”. 


Shopping 


O decreto municipal também vai estabelecer critérios para a reabertura do shopping e grandes centros de compras em ambientes fechados. Pelas regras estabelecidas, esses estabelecimentos deverão adotar rígidos controles de acesso. Haverá a limitação de uma pessoa a cada quatro metros quadrados – o que limitaria a até 2,5 mil pessoas no principal shopping local. 


“Estamos em fase de ajustes e aprimoramento, que vai acontecer a todo momento. Com o tempo, pode ser que essa metragem seja maior ou menor. Pode ser que caia para uma pessoa a cada três, dois metros quadrados. Ou até mesmo que se amplie essa área. Tudo vai depender do comportamento dos casos na cidade”, sustenta. 


A proposta prevê ainda a criação de vias com fluxos exclusivos nos corredores do  shopping. Mourão explica que a ideia é que exista um sentido único de movimentação, de forma a evitar a aglomeração de pessoas. “Seria como uma via pública, para ir a uma loja que está num sentido oposto, o consumidor andaria um pouco mais até pegar o retorno”, explica.  


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