Praia Grande tem infraestrutura para atender crescimento de 2,16% da população por ano

Número do crescimento é o dobro da média do Estado, que foi de 1,08%, segundo os dados do IBGE

Por: Da Redação  -  19/01/21  -  20:40
Praia Grande tem infraestrutura para atender crescimento de 2,16% da população por ano
Praia Grande tem infraestrutura para atender crescimento de 2,16% da população por ano   Foto: Carlos Nogueira/AT

O crescimento de Praia Grande é inegável. Possui uma infraestrutura capaz de atender a uma população que cresceu 2,16% por ano nos últimos dez anos, o dobro da média do Estado, que foi de 1,08%, segundo os dados do IBGE. A cidade de 325.073 habitantes tem atraído cada vez mais novos moradores, seja da Baixada ou de outras localidades. É um fenômeno que, de acordo com especialistas, está longe de terminar.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Segundo o diretor regional do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra e Venda de Imóveis) em Santos, Carlos Meschini, a migração de outras cidades para Praia Grande já era esperada. “A tendência é de que a cidade chegue a 500 mil habitantes nos próximos cinco a dez anos”, avalia.
Segundo ele, a melhora de infraestrutura da cidade é um chamariz, bem como os preços mais em conta do que em outras cidades da região, como Santos, mas sem perda de qualidade nos imóveis oferecidos.


“Em Santos, para viver hoje, precisa-se de um poder aquisitivo, numa família, de algo entre R$ 8 mil e R$ 10 mil, em média. Fica difícil, e então as pessoas começam a migrar para Praia Grande, para uma condição de vida melhor e bem próxima do antigo domicílio. É possível plenamente seguir trabalhando em Santos e morando em Praia Grande”, pondera.


Os bairros Ocian e Aviação, na sua visão, podem comportar um crescimento expressivo de habitantes, mas não a curto prazo. “Ocian é a área que tem mais espaço, talvez tenha um pouco mais de migração nos próximos anos, não exatamente agora, mas nos próximos 3, 4, 5 anos”.


Já o Canto do Forte e Boqueirão atendem à preferência de uma classe um pouco mais elitizada, de alto padrão, e um pouco mais cara. “Aí, não é só uma migração de Santos, mas também do ABC, e da própria Grande São Paulo”, acrescenta Meschini.


Para o diretor regional do Secovi-SP, os preços dos imóveis, atualmente mais em conta que os de outras cidades, tendem à estabilidade. “Acredito que a curto prazo não haverá aumento considerado de preço”.


Planejamento


Secretária de Planejamento de Praia Grande, Eliana Cristina Jerônimo Ferreira festeja o bom momento da cidade, um polo capaz de atrair cada vez mais novos moradores. Por conta disso, ela aposta no planejamento estratégico.


“Esse crescimento que a gente percebe é, em sua maioria, um crescimento migratório, de cerca de 65% do total de novos habitantes. A gente vem observando esse fenômeno há algum tempo e se preparando para isso”, resume. “Temos um plano diretor, o último aprovado em 2016. Ele trata de todos os temas relativos à cidade. Estes temas todos (saúde, educação etc), que vão derivando em planos setoriais. As secretarias têm seus próprios setores de planejamento, que têm que trabalhar para atingir as diretrizes desse plano”, conta.


Eliana Cristina observa que o crescimento tem sido notado nesse momento na área mais central da cidade.


“Os bairros do meio, neste momento, estão recebendo mais investimentos. Inicialmente, esse boom foi no canto do Forte e Aviação, Boqueirão, Sítio do Campo, Vila Sônia e Antártica. Esses bairros são mais próximos a São Vicente, e agora a gente vê isso nos bairros sentido Mongaguá. São regiões que têm infraestrutura quase completa, - onde não tem a gente já possui projetos. É questão de tempo para atender essa demanda de forma total”.


Atrativos


A secretária aponta algumas características que soam como atrativas para quem quer morar em Praia Grande. “Um fator que atrai as pessoas é o crescente investimento da cidade. Temos quase 100% das vias pavimentadas; escolas com excelente qualidade; um sistema de saúde fortalecido pelas Unidades de Saúde da família; no esporte, com atividades no contraturno escolar; na Cultura, que será levada aos bairros. É um conjunto de ações que vem da observação desse crescimento e da importância da qualidade de vida. Porque a cidade que tem qualidade, precisa ter esse equilíbrio de ações”.


Segundo ela, iniciativas como o Complexo Andaraguá, que pretende gerar 15 mil empregos, são vistas como um pilar de desenvolvimento não apenas local, mas regional. “Isso vai gerar uma movimentação da economia em termos regionais, também por conta da necessidade de se trazer atividades de apoio a reboque”.


No entanto, o fenômeno migratório exige atenção da Administração Municipal também no aspecto da oferta de serviços de qualidade a um contingente maior de pessoas.


“Temos trabalhado bastante nesse sentido, de ter organização, de conhecer a cidade, e poder ter um planejamento rico. Estamos fazendo estudos nesse sentido, de quantos domicílios a cidade pode ter, sem perder a qualidade de vida urbana. Estamos fazendo muito para atender a população que já mora e pensando na população que vem chegando”, finaliza Eliana Cristina.


Logo A Tribuna
Newsletter