Praia Grande sobe valor da tarifa dos ônibus municipais para R$ 4,65

Está aberta a temporada de aumentos de tarifa do transporte coletivo regional. Após Itanhaém e Santos, Praia Grande definiu na sexta-feira (10) o reajuste para os ônibus municipais: 8,1% a partir da zero hora de segunda-feira. A passagem saltará de R$ 4,30 para R$ 4,65. A passagem nas linhas intermunicipais também deve subir nos próximos dias (veja destaque).

Segundo a Prefeitura de Praia Grande, o reajuste seguiu critérios estabelecidos no contrato de concessão do serviço. “Impactam no custo final reajustes de combustível, pneus, despesa com pessoal, entre outros. A empresa concessionária do serviço na Cidade pleiteou inicialmente um valor maior, não aceito”, diz, em nota, sem citar qual foi.

Ainda conforme a Administração, mais de 1,3 milhão de passageiros usam o transporte municipal por mês, ou 45 mil por dia. No ano passado, eram cerca de 50 mil usuários mensais. A queda no número de passageiros também contribuiu para o aumento.

Em queda

É uma realidade nacional: seja pela facilidade de uso de veículos particulares ou por opções de locomoção, como viagens por aplicativos, o número de passageiros do transporte público despencou.

Pesquisa da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) cita 25% de redução em cinco anos. Inflação, desemprego, falta de investimento em infraestrutura são os principais motivos.

A menor adesão popular foi uma das razões para o reajuste de 8,1% na tarifa em Santos. O novo valor também passa a valer a partir da zero hora de segunda-feira, quando os passageiros pagarão R$ 4,65 – um aumento de R$ 0,35 sobre a tarifa atual.

Apenas no ano passado, a Prefeitura sinalizou uma redução de 8% na quantidade de pessoas transportadas. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos calcula uma queda de 26,2% no número de pessoas transportadas a partir de 2014 – era uma média de 3,1 milhões por mês, naquele ano, para 2,3 milhões, em 2019.

Em julho, o presidente da companhia, Rogério Vilani, atribuiu à crise e ao desemprego a responsabilidade pela redução do número de passageiros.

Para reverter o cenário, o Poder Público diz apostar no conforto dos passageiros, como ar-condicionado e wi-fi.