Praia Grande investirá R$ 30 milhões em saúde

Prefeitura comprará equipamentos para as redes básica e especializada, fará mais procedimentos médicos e mais leitos em hospital

Por: Gabriel Oliveira & Da Redação &  -  13/03/19  -  13:57
Vítima foi encaminhada ao Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, mas morreu horas depois
Vítima foi encaminhada ao Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, mas morreu horas depois   Foto: Arquivo/AT

A Prefeitura de Praia Grande anunciou investimento de R$ 30 milhões na área da saúde. O pacote contempla compra de equipamentos para as redes básica e especializada, aumento no número de procedimentos médicos e reformas no Complexo Hospitalar Irmã Dulce, com ampliação da quantidade de leitos.


O dinheiro, a ser investido nos próximos meses, sairá dos cofres municipais (em torno de R$ 20 milhões) e de emendas parlamentares federais (R$ 10 milhões), diz o prefeito Alberto Mourão (PSDB).


Ele detalhou o pacote para A Tribuna ontem. A maior parte da verba, cerca de R$ 14 milhões, será utilizada na compra de equipamentos novos para as unidades básicas e especializadas de saúde e o Hospital Irmã Dulce.


“Serão aparelhos de ar condicionado, equipamentos cirúrgicos, raios X, camas hospitalares”, exemplifica. “O objetivo é trocar o que estiver ultrapassado do ponto (de vista) tecnológico e atender as demandas das especialidades de referência regional.”


Há pregões eletrônicos em andamento e outros a serem lançados para a compra de todos os itens.


Mais Procedimentos


Outros R$ 9 milhões custearão a realização de mais exames, consultas e cirurgias eletivas (agendadas) de alta complexidade, num total de 50 mil novos procedimentos, conforme Mourão. O objetivo de diminuir o tempo de espera pelos pacientes.


“Há uma demanda regional, e não dá mais para esperar”, contextualiza o prefeito. “Vamos negociar para fazer os procedimentos em toda a Baixada Santista e em São Paulo, custeados pela Prefeitura.”


Em agosto do ano passado, A Tribuna mostrou que a espera por exames em Praia Grande podia chegar a quase quatro anos. Um mês depois, a Prefeitura lançou chamamento público para contratação de empresas para realizar procedimentos de média e alta complexidade, a fim de diminuir a fila.


O prefeito cita que a ação anunciada agora é para “ampliar um pouco mais” as opções, com procedimentos não previstos antes e atendimentos na Capital.


Reformas e Ampliação


Para reformas no Pronto Socorro e adequações no setor de traumatologia e ortopedia no Irmã Dulce, a Administração Municipal investirá R$ 7 milhões.


Isso permitirá, de acordo com Mourão, criar 40 leitos de internação clínica no hospital até julho. Hoje, há 218.


Essa novidade faz parte da primeira fase de ampliação do complexo. A segunda etapa, com outra verba, começará no segundo semestre e tem conclusão prevista para o ano que vem.


Segundo o prefeito, os recursos para as melhorias são de uma reserva do Município. “Como houve melhora na arrecadação, eu posso ter a segurança de liberar a reserva de contigenciamento para executar as metas sem criar problema para o orçamento.”


AVCB do Irmã Dulce sai logo, crê Mourão


O prefeito Alberto Mourão considera que o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) do Hospital Irmã Dulce deve ser obtido “o mais rápido possível”, mas não estipula prazo. A Tribuna revelou no mês passado que a unidade não conta com o documento, que atesta a segurança contra incêndios.


Um ofício dos Bombeiros enviado à Câmara de Vereadores em janeiro relatou que, na época, o prédio do hospital tinha nove irregularidades que impediam a concessão do AVCB. O último documento venceu em 2016.


Mourão afirma que só resta a aquisição de uma central de emergência e determinou a compra dela pela Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), organização social (OS) que assumiu a gestão do complexo em janeiro deste ano.


“Tem que fazer e pronto, o mais rápido possível, dentro do prazo da legalidade”, comenta.


Adaptações


Em nota, a SPDM declara que há “diversas exigências” a serem cumpridas e que vem fazendo as adequações necessárias (sendo que algumas estão concluídas), para retirar o AVCB “da forma mais breve possível”.


Apesar de questionada pela Reportagem, a OS não especificou quais irregularidades ainda precisam ser sanadas nem estipulou prazo para obter o documento.


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