Golfinho-de-dentes-rugosos é encontrado morto em Praia Grande

No Brasil, espécie do animal tem maior concentração no Rio Grande do Sul e no oceano Pacífico

Por: Yasmin Vilar & De A Tribuna On-line &  -  14/03/19  -  10:10
Espécie é encontrada em maior quantidade no ocenao Pacífico
Espécie é encontrada em maior quantidade no ocenao Pacífico   Foto: ( Divulgação/ Instituto Biopesca)

Um golfinho-de-dentes-rugosos foi encontrado morto na faixa de areia da praia do Canto do Forte, em Praia Grande. O animal, que é da espécie Steno bredansis, foi encontrado já sem vida na segunda-feira (11) pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) que realiza fiscalizações na cidade e em todo o Litoral Sul.


O golfinho era macho com 2,62 metros e foi recolhido pelo Insitituto Biopesca para análise que revelará a causa do óbito. A aparição dessa espécie é um fenômeno incomum na região. Desde 2015, o projeto recolheu oito golfinhos-de-dentes-rugosos, entre machos e fêmeas.


Em entrevista a A Tribuna On-line, a médica veterinária Vanessa Ribeiro explicou que a presença do animal acontece em áreas oceânicas tropicais. Além disso, alguns estudos apontam que há 150 mil golfinhos no Pacífico e 850 no Golfo do México.


Já no Brasil, o local em que há a maior concentração da espécie é no Rio Grande do Sul. Uma das possíveis justificativas para o aparecimento na região é que o golfinho tenha sido trazido pelas correntezas.


Espécie recebe o nome de Golfinho-de-dentes-rugosos por causa de marcas na arcada dentária
Espécie recebe o nome de Golfinho-de-dentes-rugosos por causa de marcas na arcada dentária   Foto: Divulgação/ Instituto Biopesca

Os animais encontrados nas cidades de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe são encaminhados para uma unidade de estabilização. Os que são encontrados com vida são examinados e encaminhados para o Centro de Reabilitação e Despetrolização do Guarujá. Já os animais mortos passam pela necropsia para investigação da causa da morte e a carcaça é encaminhada de acordo com os protocolos sanitários. A avaliação da idade do animal pode ser reconhecida por detalhes físicos.


“Se observarmos de perto, os dentes dessa espécie aparentam ter estrias finas semelhantes às rugas que temos em nossa pele”, explica a especialista. O nome da espécie é originário da característica da arcada dentária do animal.


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