Após 11 anos, Complexo Empresarial do Andaraguá ganhará licença da Cetesb

Licença a complexo empresarial em Praia Grande está próxima, estima secretário

Por: Rafael Motta & Da Redação &  -  20/12/19  -  15:50
Hoje parado, o Complexo Andaraguá é uma aposta da Prefeitura de Praia Grande para o desenvolvimento
Hoje parado, o Complexo Andaraguá é uma aposta da Prefeitura de Praia Grande para o desenvolvimento   Foto: Silvio Luiz/AT

O projetado Complexo Empresarial Andaraguá, cujas obras esperam por autorização há 11 anos, tende a receber Licença de Instalação (LI) da Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) no próximo semestre, desde que não haja mais pendências. A estimativa é do secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.


Logo depois, o CEO (diretor executivo) do complexo, André Ursini, afirmou que levará os últimos documentos à Cetesb na segunda-feira. Segundo ele, a estatal solicitou esses papéis há dez dias. Quando a LI sair, as obras terão início imediato, declarou ele.


Penido esteve quinta-feira (19) em Praia Grande, cidade escolhida para o empreendimento, onde participou da última reunião do ano do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), no Ocian Praia Clube.


O Andaraguá é projetado para ser um condomínio logístico, contendo um aeroporto com pista de 1.840 metros, heliponto, hangares e lotes a serem alugados para empresas que movimentam cargas no Porto de Santos e para consumo interno, atuam com logística e têm atividade industrial.


O complexo ocupará 3,5 milhões de metros quadrados m² de uma área total com 12 milhões de m². Terá acesso pelo km 289,2 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega e ficará a 17 quilômetros do Porto de Santos.


A iniciativa tem como sócios o Grupo Sonda e André Ursini. Segundo ele, há contrato com um investidor que depositará 20% do valor do projeto logo que a Cetesb emitir a Licença de Instalação.


R$ 1,3 bilhão


O empreendimento completo custará R$ 1,3 bilhão, de acordo com Ursini. A primeira fase consumirá R$ 750 milhões, devido aos custos necessários para preparar a estrutura básica. Serão erguidos 250 mil m² em galpões e a pista de pouso do aeroporto.


O CEO estima que as obras da etapa inicial levarão dois anos e meio e demandarão 3.500 trabalhadores durante a construção. Prontas, poderão representar 2.600 empregos. Posteriormente, em mais quatro fases, serão feitos prédios para hotel, escritórios, área para lojas e outros galpões.


André Ursini calcula que as atividades no complexo empresarial cobrirão o investimento em oito anos; os espaços comerciais, em seis; e o aeroporto, em oito anos.


“Não há um empreendimento no Brasil que contemple pista de pouso, rodovia e ferrovia próximo ao Porto”, diz, ao afirmar que o tráfego de caminhões na Via Anchieta está próximo do limite.


“Isso que estamos com o Brasil há cinco anos em recessão. Imagine se o Brasil voltar a crescer: por onde vão descer os caminhões para o Porto de Santos? Então, a gente tem que trazer as empresas para se instalarem aqui na Baixada”, diz.


Documentos


O secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, afirma que o licenciamento do Andaraguá "está seguindo o ritmo normal de análise de documentos". Segundo ele, é preciso assegurar que "o licenciamento irá contemplar todas as exigências legais para que o empreendedor, a prefeitura e a população estejam tranquilos com relação à qualidade e o retorno que o empreendimento deve dar".


O CEO do Andaraguá, André Ursini, citou que a Cetesb lhe pediu documentos dez dias atrás — são os que levará à companhia na segunda-feira. Consistem em certidão de uso e ocupação do solo, indicando que a prefeitura autoriza a construção na área; documento informando que a Prefeitura não se opõe ao licenciamento ambiental do empreendimento pelo Estado; e as matrículas dos imóveis, comprovando a propriedade dos terrenos.


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