Praia Grande registra maior volume de chuva da região
Nas últimas 24 horas, pontos de medição do Jardim Alice e Cidade da Criança tiveram marcas acima da média histórica para o mês de agosto
As cidades da Baixada Santista registram volume recorde de chuva nas últimas 24 horas. O aguaceiro provocou inundações e alagamentos em diversos pontos da região e deixou os morros de Santos em estado de Atenção, com risco de queda de barreiras. Apesar do alerta de incidente nas encostas santista, foi a região entre a divisa de Mongaguá e Praia Grande o trecho com mais elevada quantidade de água.
Conforme dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o ponto de medição do bairro Jardim Alice, em Praia Grande, teve o maior volume de chuva registrado no acumulado das últimas 24 horas. Conforme o órgão federal, a localidade próxima à divisa com Mongaguá ultrapassou a barreira de 101,2 milímetros (mm) – cada mm equivale a um litro de água por metro quadrado. A marca foi obtida por volta das 10 horas desta sexta-feira (21).
Ainda conforme órgão, a região da Cidade da Criança, também em Praia Grande, foi a segunda localidade regional a registrar chuva intensa entre quinta (20) e sexta-feira (21). Aquela região praia-grandense acumulou 98,6 mm. Ambas marcas superam a média histórica para todo o mês que, segundo a Defesa Civil Estadual, é de 74 mm. Apesar do aguaceiro, não houve registros de incidentes na cidade, conforme informou a administração municipal.
A área Continental de Santos aparece na terceira colocação. Segundo dados do Cemaden, o bairro Caruara recebeu 95,11 mm de chuvas nas últimas 24 horas. Segundo a Defesa Civil de Santos, a cidade registrou 100,6 mm nas últimas 72 horas, conforme o boletim do órgão atualizado no final da manhã desta sexta-feira (21). Os morros seguem em estado de Atenção.
Em nota, o órgão municipal destaca que não houve ocorrências nas encostas santistas, mas que continua monitorando as áreas de risco e realizando vistorias preventivas.
Moradores de áreas mais vulneráveis, como morros e Zona Noroeste, devem ficar atentos: há riscos de deslizamentos. Os residentes destas localidades precisam observar sinais como rachaduras em paredes, troncos de árvore inclinados, surgimento de fendas ou depressões em terrenos. Nestes casos, a recomendação é sair de casa, buscar abrigo seguro e acionar o 199 da Defesa Civil.
Já São Vicente, o volume de chuva no ponto de medição do Morro do Barbosas superou a marca de 75mm nas últimas 24 horas. A Defesa Civil vicentina informa não ter registrado ocorrências relacionadas às chuvas, embora houvesse pontos de alagamentos em alguns locais devido à maré alta.
Na Cidade Náutica, por exemplo, diversas vias ficaram tomadas por água na manhã desta sexta-feira (21). “Está intransitável. E nem precisa chover muito para as ruas do bairro. Vou perder uma consulta médica (nesta manhã) porque estou ilhada em casa. É absurdo: tanto imposto e não tenho nem garantido meu direito de ir e vir”, afirma a funcionária púbica Maria Nilda, 68 anos.
Em nota, a administração vicentina informa ter decretado estado de atenção. Essa situação é acionada quando o volume de chuva supera a marca de 80 mm e com previsão de condições climáticas persistentes
Veja quantidade de chuvas por cidades da Baixada Santista
Cidade - Acumulado das últimas 24 horas
BERTIOGA - 84.39 mm
CUBATÃO - 70.41 mm
GUARUJÁ - 78.07 mm
ITANHAÉM - 64.93 mm
MONGAGUÁ - 83.99 mm
PERUÍBE - 60.05 mm
PRAIA GRANDE - 100.4 mm
SANTOS (Área Continental) - 95.11 mm
SANTOS (insular) - 87.8 mm
SÃO VICENTE (Área Continental) - 89.93 mm
SÃO VICENTE (insular) - 75 mm
Fonte: Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)
