Plano São Paulo terá mudanças nos critérios para o avanço entre fases

Principal mudança está na evolução da fase amarela, na qual se enquadra a Baixada Santista atualmente, para a verde

Por: Tatiane Calixto  -  27/07/20  -  21:53
Atualizado em 27/07/20 - 21:54
A medida, de acordo com o governo, permite que os municípios liberem leitos de UTI
A medida, de acordo com o governo, permite que os municípios liberem leitos de UTI   Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

A partir da próxima sexta-feira (31) haverá mudanças nos critérios do Plano São Paulo, que prevê a retomada das atividades econômicas.  O objetivo, segundo o governo, é aumentar a estabilidade na transição das regiões entre as fases de flexibilização da quarentena, evitando um abre e fecha de setores da economia. Além de liberar leitos de UTI para outros atendimentos fora a covid-19 em regiões em que a doença está mais controlada. 


A principal mudança está na evolução da fase amarela para a verde que ficou menos rígida. Até agora, era necessária uma ocupação máxima de leitos de UTI de 60% para se alcançar o avanço de fase. A partir de sexta, a porcentagem passa a ser um valor entre 70 e 75%, que ainda será definido. A medida, de acordo com o governo, permite que os municípios liberem esses leitos de UTI para outras especialidades médicas que tiveram o atendimento adiado ao longo da pandemia.  


“O limite era de 60%. Então, 40% dos leitos deveriam estar disponíveis.  Quando iniciamos (a pandemia), eram 3.600 leitos, o que quer dizer, que tínhamos que ter, pelo menos, 1.440 disponíveis para termos segurança na mudança. Agora, mais que dobramos os leitos, e garantir 25% significa ter disponíveis 2.275. Isso porque mudou nosso cenário com a ampliação de leitos por habitante”, detalhou a secretária de Desenvolvimento Econômico Patrícia Ellen. 


A secretária de Desenvolvimento Econômico Patrícia Ellen detalhou as mudanças no Plano SP durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27)
A secretária de Desenvolvimento Econômico Patrícia Ellen detalhou as mudanças no Plano SP durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27)   Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

A fase verde é a quarta menos restritiva do Plano São Paulo, para chegar até ela, agora, qualquer região deverá passar 28 dias consecutivos na fase amarela. Outra atualização é que os indicadores de variação das internações e variação dos óbitos exigirão números absolutos por 100 mil habitantes.  


Os novos valores devem ser aprovados pelos especialistas do Centro de Contingência de coronavírus nesta terça-feira. No entanto, tendem a ficar abaixo de valores entre 30 e 40 internações e de três e cinco mortes por 100 mil habitantes. 


As alterações no Plano São Paulo foram chamadas pelo governador João Doria de “calibragem” e, segundo ele, aumentam a efetividade do plano. “São ajustes nos parâmetros para tornar o plano mais eficiente e adequado à realidade. E as mudanças foram estudadas pelos médicos do Comitê. Países ao redor do mundo também estão aprendendo a se adequar. O Plano São Paulo é eficiente por ser uma ferramenta dinâmica”, avaliou o governador. 


Enquanto a Capital paulista registrou queda de 27% nos óbitos por coronavírus entre 19 a 25 de julho e a semana anterior, o interior do estado teve aumento de 16% nas mortes pela doença.  Por outro lado, o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, ressaltou que, pela primeira vez, o interior teve queda nas internações: 2%.  


"Isso é muito significativo, levando em conta que os óbitos observam o que aconteceu há 15, 20 dias, e as internações refletem o que acontece nesse momento", disse Vinholi.  O índice de letalidade no estado também é o menor já registrado no estado: 4,47%. "Isso significa tanto um aumento na testagem como na qualidade de saúde do estado de São Paulo", completou o secretário.


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