A população aderiu ao uso de máscaras, no primeiro dia de obrigatoriedade da utilização do acessório nas 68 linhas operadas pela BR Mobilidade na Baixada Santista e no Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como forma de conter os casos de coronavírus. Foram poucos problemas verificados em alguns pontos percorridos pela reportagem entre Santos e São Vicente, na manhã desta segunda-feira (4).
Nos ônibus intermunicipais, a reclamação ficou por conta da superlotação, principalmente, nos coletivos que atendem à Área Continental. Havia passageiro em pé e muitos acabam não conseguindo manter distanciamento adequado por conta disso.
A aposentada Sueli Moreira, 63 anos, aprovou o uso de máscara. Mas afirma que também é preciso manter mais ônibus circulando, evitando aglomerações. “Cada um tem que fazer a sua parte. Uso máscara para me proteger e proteger os outros. Tenho álcool gel na bolsa. Fico preocupada com essa doença”.
O cordista Rodrigo de Souza da Silva, 33 anos, saiu de Mongaguá cedo. Pegou diversos ônibus e diz que o uso da máscara é fundamental.
“Já usava antes de ser obrigatório. Todo mundo tem que se conscientizar. Mas teve um rapaz que estava atrás de mim que não conseguiu embarcar porque estava sem máscara. O motorista não deixou”.
VLT
Já na estação Ana Costa do VLT, no Gonzaga, uma passageira saiu do trem sem o acessório. “Não sabia que era obrigatório. Ninguém me informou nada. Peguei o trem na estação Barreiros e não havia avisos. Vi até um funcionário sem máscara”.
Resposta
Em nota, a BR Mobilidade informa que trabalha para manter a operação, mesmo com a redução da demanda. Quanto à lotação nos coletivos, a empresa pediu aos usuários que usem o aplicativo Quanto Tempo Falta para consultar o tempo de espera. Em relação às máscaras, a BR Mobilidade diz que reforça a necessidade do uso por meio de orientações.
Já a EMTU informa que agentes da BR Mobilidade estão atuando nas linhas de bloqueio para alertar os passageiros. “Foram colocados cartazes informativos, além de avisos sonoros em todas as estações”. Segundo a estatal, a determinação é para que o embarque não seja permitido a quem estiver sem máscara.
Sobre funcionário flagrado sem máscara, a EMTU diz que o trabalhador fica sujeito ao código de disciplina da concessionária, “podendo ser advertido e suspenso em caso de reincidência”.