Novas internações por Covid-19 caem 44% em Santos

Número de internados na Cidade, que concentra pacientes de toda Baixada Santista, desacelerou na última semana; ocupação de UTIs ainda é alta

Por: Maurício Martins  -  15/04/21  -  09:34
Novas internações caem, mas não em número suficiente para desafogar hospitais
Novas internações caem, mas não em número suficiente para desafogar hospitais   Foto: Matheus Tagé/AT

O ritmo de novas internaçõespor Covid-19vem caindonos últimos diasem Santos, cidade que concentra pacientes de toda a região. A informação é do secretário municipal de Saúde, Adriano Catapreta, que atribui oresultado ao lockdown feito na região entre 23 de março e 4 de abril. A ocupaçãode UTIsna Cidade, porém, seguealta: 81% nesta quarta-feira (14), mesmo com ampliações - são 421 leitos.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


“O principal índice que pode ser levado em consideração para avaliar o lockdown é a taxa de internação.No primeiro dia de lockdown (23 de março) foram 72 internaçõese nos dias seguintes variou nessa média. Agora, nessaúltima semana, a média de internações chegou a 40, redução de 44%”, afirmaCatapreta. “Isso mostra a efetividade do lockdown, deixou de internar mais gente. Estamos com a média do final de fevereiro, começo de março. Mas ainda é alta”, continua.


Para ele, a alta ocupação de UTIs no momento tem relação com o perfil dopaciente,mais jovem,entre 30 e 55 anos de idade,que fica mais tempo internado. “Esse paciente, quando vai para a UTI, fica 30, 40 dias. Porque é um paciente mais forte, diferente do idoso que aguenta menos. Porisso,o melhor índicepara analisar resultadonão é a taxa deocupação”, acredita.


Catapretaafirma que a Prefeitura abriu mais 10 leitos de UTI Covid nesta quarta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centrale mais 20 podem ser abertos, se necessário. Para ele, o fim do lockdownpreocupaem relação a um novo aumento das internações.


“Como médico, acho um risco. Mas vivemos uma avalanche. O impacto na economiatambémvai gerar muita doença.Então estamos numa balança, sempre analisando. Se aumentar novamente, tomaremos providências. Podem acabar de um dia para o outro (os leitos)”.


O secretário lembra que ter leitos garante assistência, mas não a vida. “Você pegou Covid-19 e internou, a chance de ir para a UTIé 67%. Intubado,a chance de morte é 80%.Estamos vendo pacientes de 25 anos, de 28, de 32. Perdi um amigo de 40 anos”.


Na Baixada Santista, nesta quarta, foram 87 novas internações, uma variação semanal de –7,8%. A média móvelde sete diasde internações regionais,que atingiu um pico de 129 por dia em 31 e março, estava nesta quarta em94. Os dados são do Governo Estadual.


Ocupação nas cidades


O índice de ocupação de leitos de UTI na região, estava nesta quarta em 84,3%, de acordo com o Estado. Em 29 de março era de 91,4%. Muitas cidades da Baixada Santista anunciaram colapso em suas UTIs, com mais de 100%, entre o final de março e início de abril. A situação agora melhorou um pouco.


Santosestava nesta quarta com 76% de ocupação na rede pública e 86% na privada;Guarujá,com 75%no SUS e 100% nos hospitais particulares. Cubatão, 88,8% e 83%, respectivamente.São Vicente, 100% na rede pública e 20%na particular. PraiaGrande divulgou somente leitos SUS: 62%.


Em Bertioga, 70%, e Itanhaém, 90%(somente SUS).Em enfermarias,Peruíbe, 25%,e Mongaguá, 9%. As duas cidades não possuem UTIs.


Logo A Tribuna
Newsletter