Natal surpreende o comércio na Baixada Santista

Vendas crescem até 8% em relação a 2018: percentual fica acima das estimativas do sindicato dos lojistas da Baixada Santi

Por: Da Redação  -  28/12/19  -  22:55
Vendas de fim de ano ainda podem crescer com as trocas, quando o cliente aproveita para comprar algo
Vendas de fim de ano ainda podem crescer com as trocas, quando o cliente aproveita para comprar algo   Foto: Silvio Luiz/AT/ Arquivo

As vendas de Natal surpreenderam comerciantes da Baixada Santista. A expectativa era de alta de 5%. Mas o balanço feito pelo Sindicato do Comércio Varejista da região (SincomércioBS) aponta alta de até 8% em relação ao mesmo período de 2018.


“Esse número ainda pode um pouco até o final do mês por conta das trocas de presentes. As pessoas acabam, nesse momento, levando algo a mais”, diz o presidente do sindicato Omar Abdul Assaf.


A entrada de recursos novo na economia com a liberação do Fundo de Garantia do Fundo de Serviço (FGTS) e PIS, além do 13º, foi considerada crucial para a retomada para o setor. “Pela primeira vez em cinco anos estamos com saldo positivo de empregos. Tudo isso ajudou a elevar as vendas”.


O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Santos-Praia, Nicolau Miguel Obeidi, também calcula um resultado positivo nas vendas do período. “Foi melhor mesmo que o ano passado. Acho que um crescimento entre 5% e 7% no balanço entre lojas de rua e shoppings. Tivemos ainda uma inflação embutida. Mas o País está numa tendência de melhora. Não existe milagre”.


25 de Março vicentina


Em São Vicente, os lojistas também não finalizaram os dados. Porém, pela movimentação nas ruas da Cidade, a alta deve bater na casa dos 10% ao final da verificação que está sendo feita, comenta o presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial do Município, Alcides Antoneli.


“Notamos um movimento incomum de pessoas nas ruas. Muito maior do que estávamos imaginando. O pessoal está considerando São Vicente como uma 25 de Março. Teremos que nos preparar para o próximo ano”.


Para o professor e administrador financeiro, Márcio Colmenero, a economia dá sinais de retomada, que deve se manter em 2020. “O pior momento passou. As pessoas estão mais otimistas e acabam saindo mais para o consumo. A tendência agora é voltar a crescer, mas ainda de forma tímida”.


Sem endividamento


Outro dado percebido pelo Sindicato do Comércio Varejista mostra que o consumidor foi às compras, mas de forma mais consciente.


“Houve um crescimento nas vendas à vista, com pagamento no débito. Isso mostra que as pessoas utilizaram os recursos extras para isso e não se endividaram mais. Isso é muito bom”, acrescenta Omar.


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