Na expectativa de avanço à fase amarela na Baixada Santista, Capital reabre restaurantes

Pelas regras do Estado, o horário de funcionamento desses estabelecimentos é limitado das 11 às 17 horas, com atendimento em 40% da capacidade da casa

Por: Da Redação com informações do Estadão Conteúdo  -  06/07/20  -  20:36
Presidente do SinHoRes revela dificuldade de proprietários para 'educar' clientes
Presidente do SinHoRes revela dificuldade de proprietários para 'educar' clientes   Foto: Matheus Tagé/ AT

Às vésperas do possível avanço da Baixada Santista à fase amarela – a terceira entre as cinco de flexibilização – no Plano SP, bares e restaurantes passam a ter, nesta segunda-feira (6), autorização de retomar parcialmente na cidade de São Paulo. A recomeço das atividades nesse segmento econômico na Capital pode indicar como o setor vai se comportar nas demais regiões paulistas, avaliam especialistas. 


A elaboração de protocolos de segurança sanitária que liberam esses estabelecimentos passa a ser feita nas cidades que são classificadas na fase amarela do plano estadual de retomada econômica. A mudança cromática e com mais atividades liberadas ao funcionamento é avaliada a partir da média da taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com coronavírus, quantidade de novas internações no período e o número de óbitos. 


A expectativa é que Baixada Santista receba a denominação amarela na sexta-feira (10), quando o governo paulista vai promover o sexto balanço do atual panorama no Estado. Para isso, deve manter a tendência em queda de indicadores como taxa de ocupação hospitalar e novos casos de coronavírus. Caso a região seja reavaliada, o horário de funcionamento do comércio será ampliado e uma gama maior de atividades passa a ser permitida – o que inclui bares, restaurantes, salão de beleza, bem como setores culturais e esportivos. 


Sem pizzaria noturna  


O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), editou na manhã de sábado (4) as  regras que permitem a reabertura de bares e restaurantes a partir desta segunda-feira (6). A autorização municipal ocorreu uma semana após a reclassificação da capital paulista para a fase amarela no Plano SP.  


Mesmo com o caixa vazio após quatro meses de fechamento, só poucas pizzarias que já serviam clientes no horário do almoço devem abrir as portas. Por causa de regras do governo João Doria (PSDB), a Prefeitura da capital teve de limitar o horário de funcionamento desses estabelecimentos. Elas terão de funcionar das 11 às 17 horas, com um limite de atendimento em 40% da capacidade da casa. 


Pizzarias vinham trabalhando com os serviços de delivery, e assim devem continuar, uma vez que, seguindo o faro dos donos das casas, pizza na hora do almoço não é um programa típico do paulistano. “As pizzarias não vão mudar o horário de atendimento para servir o almoço”, diz o vice-presidente da Associação Pizzarias Unidas do Brasil, André Cotta. 


Uma das questões, segundo ele, é trabalhista: as casas, que contam com delivery, estão trabalhando com funcionários em regime de redução de jornada, seguindo a Medida Provisória 936. “Não tem como a gente abrir no almoço e manter o pessoal para a noite”.  


A outra tem a ver com o hábito da cidade. “No Brasil, em São Paulo, pizza é à noite’, afirma o vice-presidente da associação de pizzarias. ‘Há várias histórias de gente que abriu de dia e não deu certo, fechou. A cultura é comer pizza à noite”.  


O empresário Felipe Zanuto, um dos sócios de uma pizzaria na Mooca, chegou a contratar consultoria externa para ajudar no planejamento da retomada. “Investimos em compras de equipamentos, consultorias com nutricionista, para boas práticas, tomando todos os cuidados possíveis”, afirma.   


Ao mirar os serviços para o delivery, alguns bares e restaurantes passaram a oferecer pizzas. É o caso do Negroni, bar que também funciona em Pinheiros. Na retomada, um dos sócios da casa, Paulo Sousa, diz que o time ainda estuda se vai manter esse produto no cardápio durante o dia.  


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