Movimento Inova almeja retomada de empregos na Baixada Santista

Iniciativa foi lançada para incentivar a economia e gerar empregos, com qualidade de vida, nos nove municípios da região

Por: Sandro Thadeu & Da Redação &  -  21/08/19  -  22:38
Herbert Passos Filho, Odair Aguiar Junior, Válter Suman, Alberto Mourão, Pedro de Sá, Sérgio
Herbert Passos Filho, Odair Aguiar Junior, Válter Suman, Alberto Mourão, Pedro de Sá, Sérgio   Foto: Irandy Ribas/ AT

Buscar o desenvolvimento econômico e retomar a geração de empregos, com qualidade de vida. Esse é o propósito do movimento Inova - Região Metropolitana da Baixada Santista, lançado na noite de terça-feira (20) no Teatro do Sesc, em Santos.


A iniciativa, que surgiu a partir de uma conversa informal sobre o panorama local, buscará contribuir para o reaquecimento da economia regional, a partir da união de esforços da classe política, empresários, sindicatos, sociedade civil organizada e instituições dos ensinos Superior e Técnico.


Apesar da chuva e da baixa temperatura, o auditório ficou lotado. O público que respondeu ao chamamento entendeu melhor onde essa iniciativa pretende chegar. 


Até novembro deste ano, os representantes das universidades terão como meta fazer um grande diagnóstico sobre o atual estágio do desenvolvimento econômico e social da Baixada Santista, bem como analisar as oportunidades e ameaças existentes, a partir da análise de dados e de entrevistas com atores de diversas áreas.


Conforme o reitor da Universidade Católica de Santos (UniSantos), Marcos Medina, responsável por apresentar ao público a metodologia do trabalho, serão levados em consideração seis segmentos econômicos: turismo; logística e transportes; siderurgia; construção civil e mercado imobiliário; química, petroquímica e fertilizante; e economia criativa.


Em março do próximo ano, haverá a apresentação dos planos para o desenvolvimento metropolitano sustentável da Baixada Santista.


Hora de reagir


Para o coordenador do Fórum da Cidadania de Santos, o advogado Sérgio Sérvulo da Cunha, a noite de terça foi “singular” ao reunir diferentes segmentos para atingir metas exequíveis.


“A saída passa pelas nossas universidades. Não temos na região um observatório que nos traga estatísticas para compreender a nossa realidade”.


O diretor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Campus Baixada Santista, Odair Aguiar Junior, entende que o conhecimento técnico e científico produzido pelas instituições de ensino pode pavimentar as ações do Inova.


O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), deixou claro que essa iniciativa não tem um líder, mas nasceu do sentimento amargo da sociedade ao ver pais e filhos desempregados e notar uma economia que já foi pujante cada vez mais debilitada, ao contrário do que acontece no interior paulista. “É hora de dar a volta por cima”.


O presidente do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista, Herbert Passos Filho, ficou satisfeito com o grande número de representantes dos trabalhadores no evento . “O movimento sindical quer o desenvolvimento e está sempre disposto ao diálogo para buscar soluções”.


O CEO (principal executivo) do Complexo Empresarial Andaraguá – que será instalado em Praia Grande –, André Ursini, entende que a região precisa estar com a “lição de casa pronta” para atrair novos investimentos e gerar mais empregos. “Faltava a união para agregar essas forças e segmentos para a Baixada Santista crescer novamente”.


Proposta é não ter viés partidário


O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, afirmou que o movimento lançado terça não tem a finalidade político-partidária, mas busca encontrar saídas para impulsionar a economia regional.


“Se a gente não se unir em volta de um trabalho e começarmos a construir ideias de que existe algo por trás de tão sério e inovador, nós não vamos mostrar a diferença da Baixada Santista”.


E completou: “e essa é a diferença que temos em relação ao interior. Eles brigam entre si, mas se unem na causa em defesa dos interesses dele. O movimento nasce de um sentimento que nasce da rua, de forma espontânea”.


O chefe do Executivo de Guarujá, Válter Suman (PSB), concorda com Mourão ao citar que a economia no Interior segue forte, apesar da economia do país estar patinando.


“Não podemos ficar de braços cruzados. Como agentes políticos, precisamos buscar novas saídas e teremos as universidades como importantes parceiras nessa missão”, frisou.


Para o vice-prefeito de Cubatão, Pedro de Sá Filho (PTB), é hora de unir forças. Ele acredita que o movimento nasceu forte e comprometido em pensar um futuro melhor para os cidadãos da região.


“Não estamos sendo enxergados pelo Governo do Estado com a importância que a Baixada Santista merece”, disse.


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