Mercados apertam o cerco no combate ao coronavírus na Baixada Santista

Ações como aferição da temperatura, distribuição de álcool em gel, reforço nas equipes e locais de limpeza fazem parte da nova realidade

Por: Eduardo Brandão & Da Redação &  -  30/03/20  -  16:40
A população ainda poderá denunciar os estabelecimentos que não cumprirem as regras determinadas
A população ainda poderá denunciar os estabelecimentos que não cumprirem as regras determinadas   Foto: Carlos Nogueira/AT

Em pleno funcionamento em meio à escalada de casos de coronavírus, os supermercados apertam o cerco para evitar a circulação do vírus nos estabelecimentos. Ações como aferição da temperatura dos clientes, distribuição de álcool em gel, reforço nas equipes e locais de limpeza fazem parte da nova realidade. 


Tudo para que as unidades garantam a normalidade do abastecimento das famílias e reduzir aglomerações. As unidades da região já adotaram formas de limitar o acesso de pessoas nas lojas, que varia conforme o tamanho do mercado. 


Fiscais na porta das unidades controlam o fluxo de compradores e, ao chegar à capacidade, orientam os consumidores a retornarem em outro momento.


As lojas da rede Carrefour da Baixada Santista adotaram, nessa semana, aferição de temperatura corpórea como uma forma de prevenção e limitar o acesso de clientes. 


Cartazes explicam o porquê da medida e alertam a quem tiver mais de 37,5° de febre a permanecer em isolamento social, sem o acesso à loja permitido. 


“Acho uma boa ideia. A gente se sente mais protegido”, afirma o aposentado Marcos Devonis, 75 anos, logo após passar pela aferição realizada por técnicos de saúde, na unidade do Boqueirão. A loja limita o acesso a 248 clientes por vez. E assim que entram na unidade, recebem de uma colaboradora (com luva e máscara) dose de álcool em gel nas mãos. O carrinho também é higienizado.


Outras redes, como o Pão de Açúcar e Extra, reduziram os números de acessos e ampliaram as ações de higienização de itens no mercado. Em algumas, idosos contam com horários reservados para fazer as compras com mais segurança. E os funcionários usam máscaras e luvas. 


Locais e objetos normalmente tocados pelos clientes também tiveram reforço na higienização. Carrinhos e cestas de compras são alvos de rigorosa limpeza. Bebedouros, cafezinhos e até mesmo ações de degustação de produto foram suspensos temporariamente. 


Serviços de itens perecíveis, como açougue, padaria e frios, foram readaptados para evitar a formação de filas. Balcões, equipamentos e caixas tiveram reforço na higienização.


Novos hábitos


Não são apenas nas lojas que os hábitos de limpeza mudaram, consumidores também adotam regras mais rígidas após as compras. “Assim que chego em casa, vou direto para o chuveiro”, diz o autônomo Rodrigo Soares, 40 anos. Ele afirma que antes de o produto ser guardado recebem higienização. “Passo álcool ou lavo as embalagens”. 


Infectologistas aconselham a prática. Produtos em embalagens podem ser lavados com água e sabão (detergente) ou apenas com álcool em gel. Já frutas, verduras e legumes precisam ser higienizados com água corrente e colocados em recipiente com água e água sanitária (uma colher de sopa de água sanitária a cada litro de água). Após 10 ou 15 minutos na solução, devem ser lavados em água corrente.


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