Mercado de imóveis na Baixada Santista prevê alta nas vendas em 2021

No último levantamento feito pelo Secovi-SP, crescimento foi de 64% nas cidades da região

Por: Maurício Martins  -  25/11/20  -  10:42
Procura pela compra de imóveis aumentou na região
Procura pela compra de imóveis aumentou na região   Foto: Matheus Tagé/AT

A venda de imóveis novos começou em alta este ano na Baixada Santista, desacelerou com o início da pandemia, em março, mas a partir de junho passou a ter uma recuperação consistente. Com a baixa taxa de juros, inflação estável e dinheiro disponível para crédito no País, o mercado de imóveis prevê um 2021 com crescimento do setor na região.  


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“As perspectivas são muito boas. Se com a covid-19 aí já crescemos, imagina com a vacina. Estamos otimistas com o Brasil e com a Baixada Santista, que já está muito forte no setor”, diz diretor regional do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Carlos Meschini. 


Levantamento 


A venda de imóveis novos cresceu 64,1% na Baixada Santista entre julho de 2019 e junho de 2020, em comparação aos 12 meses anteriores. Foram comercializadas 5.084 unidades residenciais novas, contra 3.099 do período anterior. Os números fazem parte do levantamento anual feito pelo Secovi-SP, em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. Foram consideradas as cidades de Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente. 


Os dados foram divulgados na noite desta terça-feira (24), durante uma transmissão ao vivo promovida pela vice-presidência do Interior do Secovi-SP. A pesquisa é feita em várias regiões do Estado, mas não no mesmo período. Ainda assim, é possível verificar que a Baixada teve um salto maior.  


Em Campinas, houve queda de 17,4% nas vendas entre agosto de 2019 e julho de 2020, em relação aos 12 meses anteriores. A redução foi de 3.827 para 3.160 unidades. Já em São Paulo, foi registrado aumento de 12,7%, de outubro de 2019 a setembro de 2020 – 49.715 vendas, contra 44.106 anteriormente.  


Meschini explica que a expectativa era ainda melhor para a região, entre 75% e 79% de aumento nas vendas. “Talvez até mais, se não tivesse a pandemia. Esse levantamento pega a pandemia de março a junho. Lógico que a pesquisa do ano que vem não estará como essa, não terá esse crescimento (porque pegará mais meses da pandemia)”, diz ele.  


O representante do Secovi atribui esse crescimento ao aumento da procura por segunda moradia, ou seja, pessoas que compraram unidades para passar a temporada de verão. “Guarujá e Praia Grande tiveram uma evolução bem forte e Santos se manteve”.  


O melhor desempenho em comercialização foi dos imóveis de 1 dormitório, entre 45 e 65 metros quadrados e preços entre R$ 230 mil e R$ 500 mil. O valor global de vendas no período totalizou R$ 2,032 bilhões, volume 71,2% acima do verificado no levantamento passado, quando atingiu a marca de R$ 1,187 bilhões.  


Também houve melhora no indicador VSO (vendas sobre oferta): nos 12 meses analisados, a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas ficou em 53,7%, superando os 46,8% registrados no intervalo anterior e representando um crescimento de 14,7%. 


Lançamentos  


Os lançamentos de empreendimentos cresceram 7,3% na região e totalizaram 4.021 novos imóveis, contra 3.748 apontados no levantamento anterior. Os imóveis de 2 dormitórios, com metragem de até 45 metros quadrados e preço inferior a R$ 230 mil lideraram os lançamentos. 


Acumulado em 36 meses 


Considerando o período de julho de 2017 a junho de 2020, foram lançados 14.181 imóveis residenciais na região. Destes, foram comercializadas 9.792 unidades, que correspondem a 69% dos imóveis ofertados.  


As vendas atingiram um montante de R$ 3,806 bilhões. O destaque do desses 36 meses foram imóveis de 2 dormitórios, com metragem entre 46 e 65 metros quadrados de área útil e preço entre R$ 230 mil e R$ 500 mil. 


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