Mancha de óleo mobiliza autoridades da Baixada Santista

Representantes da região se reúnem com Governo do Estado para definir o que pode ser feito se o petróleo chegar ao litoral paulista

Por: Da Redação  -  08/11/19  -  00:46
Espírito Santo já se mobiliza para limpar óleo poluente
Espírito Santo já se mobiliza para limpar óleo poluente   Foto: Reprodução/ TV Bahia

Autoridades da Baixada Santista foram quarta-feira (6) à Capital para uma reunião com representantes do Governo de Estado. O objetivo: definir uma estratégia de combate caso às manchas de óleo que atingiram o Nordeste cheguem à região. Quarta, o Ibama divulgou que fragmentos de petróleo foram detectados na divisa entre Bahia e Espírito Santo, primeiro estado do Sudeste que pode ser afetado.


“A probabilidade ainda é remota. Mas se existir 1% de chance de a mancha chegar, temos de estar preparados. A preocupação é permanente”, diz o coordenador do colegiado regional e secretário de Meio Ambiente de Santos, Marcos Libório. 


Segundo ele, o grupo de trabalho irá atuar por meio de uma rede de monitoramento, colaboração e comunicação, incluindo Ibama, Cetesb, Petrobras, Secretaria de Estado de Meio Ambientes e as secretarias municipais, embora o estado ressalte que a responsabilidade “constitucional” sobre acidentes desse porte seja do Governo Federal.


“A ideia é de que a gente possa fazer o monitoramento do comportamento da mancha e ter um alerta de forma segura e oficial, caso ela chegue à região”.


Os municípios, inclusive, terão destaque nesse trabalho. “Ficou definido que as cidades vão mapear e informar o Estado em relação a algumas situações de vulnerabilidade”.


O importante, de acordo com o secretário, é a funcionalidade da rede de mapeamento e monitoramento. Também participam dessa rede a Marinha e a comunidade de pescadores, que poderão emitir alertas caso haja sinalização de fragmentos de petróleo nas ilhas, por exemplo.


Haverá, ainda, trabalho de capacitação de servidores municipais, com base no manual da Cetesb para limpeza de ambientes costeiros atingidos por óleo. 


“A Cetesb vai programar treinamento para as equipes das prefeituras, não só das secretarias de Meio Ambiente, mas também da limpeza. Ficamos de passar o efetivo a ser treinado em cada cidade”.


Um problema levantando na reunião foi a mobilização de equipamentos para atuação na contenção das manchas, se for o caso.


“O que colocamos, se houver necessidade de equipamentos, como barreiras, é que o Estado tenha uma participação efetiva na aquisição deles. Mas a Petrobras faz parte da rede e dispõe de vários equipamentos de proteção para o mangue”, explica Libório.


Mangue


As áreas de manguezais são apontadas como um dos pontos de maior tensão. “Porque os mangues são um ambiente muito difícil de ser limpo”.


A recomendação para quem verificar algo suspeito nas áreas de praia ou mangue é entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente de sua cidade.


Os trabalhos realizados no Nordeste estão servindo de orientação para a criação do programa de prevenção, a partir das técnicas adotadas que deram certo ou errado por lá. “O derramamento não aconteceu aqui, mas poderia ter sido e temos tempo para nos programar. Essa é a oportunidade para prepararmos os municípios para um evento como esse”, diz Libório.


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