Média móvel de mortes por Covid-19 cresce pela segunda semana seguida na Baixada Santista

A análise é feita no período de sete dias; especialistas dizem que números preocupam e mostram negligência por parte da população

Por: Nathália de Alcantara  -  23/09/20  -  10:00
Para o infectologista Felipe Camargo, os dados preocupam
Para o infectologista Felipe Camargo, os dados preocupam   Foto: Matheus Tagé/AT

Pela segunda semana seguida, a média móvel de mortes por covid-19 em sete dias, na Baixada Santista, segue aumentando. Entre os dias 17 e 22 de setembro, foram 11 óbitos por dia. Na semana anterior, de 9 a 15 de setembro, o número de óbitos era 9.


O levantamento é feito com dados divulgados diariamente pelas prefeituras e calculados por ATribuna.com.br.


Vale lembrar que, de 2 a 8 de setembro, o número de óbitos tinha caído à metade na comparação com o período de 26 de agosto a 1º de setembro: de dez para cinco.


Para o infectologista Felipe Camargo, os dados preocupam. “Isso reflete o que temos visto nas ruas, que são pessoas desrespeitando regras básicas durante uma pandemia. É preciso ter consciência de que nada mudou e todos podem seguir se infectando, contaminando outras pessoas e morrendo em qualquer lugar”.


Os números claramente indicam abusos cometidos, explica o especialista. Caso contrário, casos e mortes estariam estabilizados.


Quem concorda é o infectologista Ricardo Amaral, que também se diz preocupado com o que mostra o gráfico referente a mortes.


“Para quem se ilude com a falsa sensação de segurança, os números não mentem sobre a fase que estamos vivendo. Temos de continuar com todos os cuidados para não vivermos uma segunda onda de contaminação, o que me parece óbvio caso as pessoas não mudem o comportamento.”


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