Já faz mais de oito meses que Hillary Valadares foi baleada na cabeça dentro do carro onde estava com os pais, em Peruíbe. Dias depois, a menina, de 2 anos morreu, no hospital. Porém, a polícia ainda não tem resposta sobre o que aconteceu naquela noite ou quem fez o disparo que a matou.
A mãe, Talita Sousa, está grávida de novo. O bebê se chamará Lavínia. Segundo ela, a gestação, de cinco meses, é o que lhe dá forças para seguir. “Choro todos os dias, pois imagino minha filha aqui curtindo a ideia de ter uma irmã.”
Só que, apesar do momento de alegria na família, nada apaga o sentimento de impunidade diante de incertezas sobre o que aconteceu com Hillary.
“Não aguento mais ver tanta injustiça. Meu advogado entrou com pedido de reconstituição e, até agora, nada. Ninguém dá uma resposta sobre o motivo de isso demorar tanto”, lamenta.
Em 12 de fevereiro, Hillary foi atingida no banco de trás, onde estava com a mãe, após a família ter saído de um supermercado.
O pai parou o carro na rua para fazer anotações, sem perceber que estava perto de onde acontecia uma troca de tiros. O disparo ocorreu durante uma perseguição após um assalto. “Arrancaram meu sorriso, tiraram minha paz e minha felicidade. Deixei de sonhar. Penso sempre na dor que minha menina sentiu.”
Resposta
Procurada, a Secretaria Estadual de Segurança Pública não soube dizer quando haverá uma resposta sobre o que aconteceu na noite em que Hillary foi baleada.
A Polícia Civil diz investigar o caso em inquérito policial instaurado pela Delegacia de Peruíbe. A equipe confirma que faz diligências solicitadas pelo advogado da família da vítima a partir do resultado dos laudos. Quando concluídas, o Inquérito Policial deve ser relatado.
A ação policial é investigada pela Corregedoria da Polícia Militar. O Inquérito policial militar foi relatado, mas novas diligências são realizadas a pedido da Justiça Militar.