Prefeito eleito de Itanhaém quer que a Cidade se desenvolva no Turismo e na construção

Tiago Cervantes (PSDB) conta o que pretende para os seus quatro anos de governo

Por: Sandro Thadeu & Da Redação &  -  24/12/20  -  18:52

O prefeito eleito de Itanhaém, Tiago Cervantes (PSDB), tem como principais planos o desenvolvimento da Cidade pelo binômio Turismo e construção civil. Em seu governo, ele pretende criar mecanismos de incentivo para que empreendedores sejam atraídos para essas áreas. Ele também pretende fazer valer um acordo antigo com o Estado, para a instalação de um pronto-socorro no hospital regional. Na Educação, o foco é o aperfeiçoamento constante dos professores, com a ampliação de um centro específico para isso, já existente. Também deseja estimular os esportes e a prática de atividade física, não só para o bem-estar e a saúde, mas também como socialização. Por fim, promete à população muito trabalho nos seus quatro anos de governo. 


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal, GloboPlay grátis e descontos em dezenas de lojas, restaurantes e serviços!


O senhor foi eleito porque muita gente acredita na continuidade da gestão Marco Aurélio. Como o senhor pretende manter essa continuidade e dar uma cara nova ao seu governo?


Cada pessoa tem uma forma de enxergar política, crescimento da cidade. A população entendeu que o prefeito conseguiu dar o que se esperava. A Cidade cresceu, se desenvolveu em pontos e áreas importantes. Mas a gente precisa olhar também o momento atual da política, o cenário do País, para continuar o que deu certo, talvez fazendo alguns ajustes. Digo isso na questão do desenvolvimento econômico… de geração de emprego e renda. A questão social, o País vive e necessita de um atendimento cada vez mais próximo; a saúde, com a questão sanitária cada vez mais humanizada.


Sobre geração de emprego e renda, uma das suas ideias é lançar um plano integrado de desenvolvimento econômico. O que é esse plano?


A gente pretende que a Cidade se desenvolva mais na questão turística e na construção civil. No pós pandemia, vamos reorganizar o Turismo. Temos belezas naturais riquíssimas, tem História… a segunda cidade mais antiga do País. Precisa vender essa imagem, para que as pessoas deixem o seu dinheiro e, consequentemente, abram oportunidades de emprego. Na construção civil, uma discussão importante é a questão da verticalização. Onde eu preciso fazer a Cidade se desenvolver, a verticalização é uma possibilidade. Para atrair aqueles que queiram se instalar pelo Turismo ou pela construção, vamos lançar mão de incentivos fiscais.


Para incentivar novas construções é preciso modificar a lei de uso e ocupação do solo, o plano diretor, ou isso já está aprovado?


A gente tem um plano diretor atualizado. Tem todos os instrumentos urbanísticos contemplados. O uso de ocupação do solo a gente vai ter que discutir, é uma questão um pouquinho mais complexa. A gente vai buscar pessoas técnicas da área que consigam dar um novo rumo à Itanhaém nisso. 


O seu plano de governo prevê estabelecer parcerias público-privadas para o Turismo. Elas seriam viáveis de que forma?


Temos uma lei que fala em parte das PPPs, que sejam claras e viáveis. Quero que esses empreendedores venham pra cá, para o turismo ambiental, ecológico. A gente tem rios belíssimos, cachoeiras. Precisa organizar. Essas parcerias serão para desenvolver esse tipo de turismo.


Um dos grandes desafios é diminuir os gastos com pessoal. No segundo quadrimestre, Itanhaém acabou superando o limite prudencial. Como o senhor pretende encarar esse desafio, sem perder qualidade no serviço público?


Há um número significativo de pessoas se afastando dos serviços. Isso traz um prejuízo grande. Afastamentos por licença médica, de saúde. Fui secretário de Educação, uma secretaria que tem metade do número de servidores. A gente sabe que a Secretaria da Educação é muito exigida. Mais ainda agora, na pandemia. A ausência prejudica o dia a dia do serviço.


Um assunto divulgado recentemente foi uma investigação do Ministério Público envolvendo servidores e empresas por supostas fraudes em licitações do Itaprev. Que cuidados o senhor pretende ter para evitar esse tipo de fraude?


Como gestor público, é preciso transparência e zelo pela coisa pública. Venho da iniciativa privada, embora já tenha sido vereador e secretário no passado, presidente da Câmara, e agora vice-prefeito. Família de comerciantes, empresários, a gente sabe que você tem que ter respeito pelo seu dinheiro. Mais ainda com o nosso dinheiro, o dinheiro da população. Se tiver no meu governo qualquer situação nesse sentido, a gente afasta, vai apurar com rigor da lei. 


Há um acordo entre Prefeitura e Estado para o hospital regional ter um pronto socorro para pacientes do Samu e atendimento de quadros mais graves. O senhor pretende manter esse diálogo com o Estado para viabilizar isso?


A nossa parte do acordo, o que a Administração poderia ter feito, ela fez: que o hospital fosse ampliado. Vou cobrar do Estado para que a gente tenha esse pronto-socorro com essas diferenciações. 


Como o senhor está planejando inibir aglomerações na praia e até uma eventual abertura de novos leitos covid-19? 


Com educação, orientar sobre o uso de máscara e para ainda não se aglomerarem. O hospital regional ampliou a capacidade para mais 12 leitos. Mas, pelo entendimento atual, a contaminação está mais rápida. Consequentemente, pelo número de contaminados, você tem pessoas que vão precisar ou estar em enfermarias ou leitos de UTI.


O senhor foi secretário de Educação. Como pretende preparar a Cidade para um eventual crescimento da demanda na rede, por conta da crise financeira?


A gente já foi impactado. Essa demanda veio de forma bastante brusca. Mas a gente tá preparado: são novas creches sendo construídas. Talvez abrir salas novas em unidades já existentes. Esse é um crescimento que temos todo ano, é feito um estudo. 


Uma de suas ideias de campanha é a criação de um centro de formação de profissionais da Educação. Como será isso?


O equipamento já foi entregue, com infraestrutura para mais de 500 pessoas. A educação necessita de um trabalho constante de aperfeiçoamento. Os professores têm que estar o tempo todo estudando. Temos aqui o programa Aprendizado do Futuro, que traz tecnologia e inovação. Quando os professores precisaram estar adaptados à tecnologia para as aulas remotas, por conta da covid, eles já estavam acostumados. A minha ideia no Aprendizado do Futuro é a ampliação. Esse centro de capacitação será contínuo.


Sobre segurança, um de seus planos é viabilizar mais 300 câmeras nos bairros. Quais bairros o senhor deve priorizar?


Pretendo ampliar nosso centro de operações de inteligência, da guarda municipal – que tem até uma cadeira para a PM –, pois as câmeras vão exigir um espaço, com estrutura de televisões e computadores. Num primeiro momento, a ideia é instalar essas câmeras nas entradas de Itanhaém, as dos bairros do Loty, Suarão, Savoy, Cibratel, ali da região do Bopiranga. 


Como o senhor está vendo o aeroporto como indutor de desenvolvimento e para impulsionar o turismo?


Acho que os municípios precisam se unir. Temos hoje um aeroporto pronto, que é uma porta de entrada a um turismo para conhecer a Cidade, mas também de negócios. Estamos a 100 quilômetros da maior capital do País. Tenho certeza que a Baixada Santista vai abraçar esse aeroporto e entender que ele não é só de Itanhaém. 


Outra obra importante para impulsionar o Município seria a concessão da Padre Manuel da Nóbrega. O senhor está otimista? 


O único pormenor era a localização do pedágio. Itanhaém, a quem não conhece, é acessada pela estrada e hoje se utiliza muito a Padre Manuel da Nóbrega para locomoção entre bairros. Com uma praça de pedágio, muda-se todo o fluxo da Cidade. Essa é minha preocupação. Há um lado positivo, de impostos que virão, propostas de investimento. Mas preciso estudar qual será o impacto para o Município e minimizá-lo. 


O que os moradores de Itanhaém podem esperar do senhor nos quatro anos de gestão?


Podem esperar um prefeito que vai trabalhar muito, um prefeito que ama a Cidade. Como eu sempre disse, eu dependo da Cidade. Quem é morador e gosta, depende da Cidade. E como um morador, um apaixonado por Itanhaém, vai, sim, se desdobrar, montar uma equipe que vai dar uma resposta à população.


Mais alguma coisa que o senhor queira acrescentar?


Também quero dar à população de Itanhaém uma condição não só de atividade física, que consegue ligar socialmente as pessoas, e dar oportunidade também. São trabalhos importantes, que a gente vai fazer com responsabilidade. Não adianta ter coragem para ser gestor, mas não ser responsável. É preciso ser os dois: ter coragem, mas com responsabilidade. 


Logo A Tribuna
Newsletter