A Polícia Federal intimou o prefeito de Mongaguá, Márcio Melo Gomes, o Márcio Cabeça, a prestar esclarecimentos a respeito da Operação Prato Feito, deflagrada no ano passado pela própria PF. Na última sexta-feira (15), o Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Gilmar Mendes, indeferiu o pedido para encerrar o inquérito policial e as investigações contra o chefe do Executivo mongaguense.
Cabeça foi intimado a comparecer à Superintendência Regional da Polícia Federal, em São Paulo. No entanto, conforme documento oficial da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal, segundo o qual ele poderia permanecer em silêncio, o prefeito não compareceu para prestar esclarecimentos.
Em nota, o chefe do Executivo informou que seus advogados de defesa não tiveram acesso a todos os documentos referentes ao inquérito policial. Uma vez que tenham acesso, Cabeça diz que prestará os devidos esclarecimentos.
Operação Prato Feito
A operação aconteceu em quatro estados e é resultado de uma investigação da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF), e visava apurar desvios de verbas da União para a educação. Ao todo, foram 65 contratos supostamente irregulares avaliados em R$ 1,6 bilhão.
No dia 9 de maio do ano passado, Artur Parada Prócida, então prefeito de Mongaguá, foi preso em flagrante pela Polícia Federal. Foram encontrados dentro de sua residência mais de R$ 4,6 milhões e U$ 217 mil. No total, foram cumpridas 19 ordens judiciais em seis cidades da Baixada Santista e Vale do Ribeira.
No dia seguinte à prisão de Prócida, Cabeça, então vice-prefeito da cidade, foi afastado do cargo por suposto envolvimento na operação.