Peruíbe confirma três casos de leptospirose

Dos demais municípios da Baixada Santista, só Cubatão possui casos suspeitos de leptospirose neste ano

Por: Gabriel Oliviera & Da Redação &  -  27/03/19  -  21:38
Dezenas de pessoas tiveram de deixar suas casas em Peruíbe
Dezenas de pessoas tiveram de deixar suas casas em Peruíbe   Foto: Rodrigo Nardelli/TV Tribuna

Com a chuva e as enchentes constantes deste início de ano, cresce a preocupação com a leptospirose, provocada por uma bactéria transmitida por meio da urina do rato.


Em Peruíbe, há três casos confirmados da doença em 2019, mais do que os dois registrados no ano passado inteiro, de acordo com a gestão Luiz Maurício.


A cidade sofreu com alagamentos decorrentes das chuvas nos últimos meses. Moradores tiveram as casas invadidas pela água e muitos deles precisaram ir para abrigos municipais.


Em nota, a Prefeitura de Peruíbe declarou ter orientado as pessoas nos alojamentos quanto aos cuidados pós-enchente.


Dos demais municípios da Baixada Santista, só Cubatão possui casos suspeitos de leptospirose neste ano. São três em investigação e dois descartados desde 1º de janeiro. No ano passado, o município teve 12 ocorrências.


Por nota, a gestão Ademário Oliveira disse que realiza ações de desratização ao longo de todo o ano. Nos dois primeiros meses de 2019, o serviço passou por Vila Natal, Caminho 2 e Costa Muniz, Vila São José e Vila Nova.


“Nesta época do ano, mais chuvosa, aumenta a incidência de enchentes. Com isso, a leptospira, bactéria causadora da leptospirose, mistura-se à enxurrada e à lama e penetra no corpo pela pele”, explica o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.


Os sintomas da leptospirose são febre e dores de cabeça e no corpo. Em cerca de 15% das situações, segundo o especialista, a doença pode se tornar mais grave. “Nesses casos, geralmente aparecem icterícia [pele e olhos amarelados], sangramento e insuficiência renal”.


Não há outra maneira de evitar a doença sem ser se proteger da bactéria.


“As pessoas devem evitar o contato com a água das chuvas. Quem tiver contato deve tomar banho com água e sabão. Se, nos dez dias seguintes, aparecer febre alta, dores na panturrilha e urina escura, procurar imediatamente o pronto socorro”, orienta o professor de Infectologia da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) Roberto Focaccia.


Logo A Tribuna
Newsletter