Um dos cartões-postais de Itanhaém, a passarela que dá acesso à Cama de Anchieta passa por manutenção, a fim de manter sua conservação. Referência em turismo ambiental e religioso, o equipamento leva visitantes ao palco de inspiração e repouso do padre José de Anchieta, o terceiro santo brasileiro – que foi canonizado, em 2014, pelo Papa Francisco.
A ponte possui 220 metros de comprimento por 1,60m de largura, sendo construída com ipê e materiais derivados do eucalipto ecológico. O Segundo a prefeitura, o acesso recebe reparos que incluem a substituição de sarrafos do deck, corrimões, guarda-corpo, pontaletes da base de sustentação, a troca de mão francesa, parafusos danificados e pintura de toda estrutura com verniz marítimo. Valores não foram informados.
A Cama de Anchieta é considerada patrimônio histórico de Itanhaém e recebe mais de mil turistas por dia durante a alta temporada. Está localizada entre os costões da Praia da Gruta e da Praia do Sonho, que atrai pessoas por ter sido local de descanso do padre jesuíta em suas campanhas de catequese dos primeiros habitantes do Brasil e também por sua paisagem. A formação rochosa foi o local escolhido pelo padre para buscar repouso e inspiração.
Em memória ao personagem histórico, dia 9 de junho é feriado em Itanhaém. Além disso, o Paço Municipal, sede do Poder Executivo, recebeu o seu nome, e dois bairros do Município (Cidade Anchieta e Jardim Anchieta) remetem ao célebre jesuíta.
Terra de Anchieta
Itanhaém é conhecida até hoje como a ‘Terra de Anchieta’, por sua importância na biografia do santo. Monumentos históricos, documento raro, obra sacra, homenagens e diversas histórias vividas pelo padre podem ser lembradas em muitos pontos da Cidade, num misto de religiosidade e história contado por meio de um tour.
Anchieta chegou ao Brasil em 1553, quando se tornou o primeiro professor a pisar em solo brasileiro. O padre andou por todo o litoral paulista, catequizando índios, batizando e ensinando. Estimulou a devoção das pessoas, por ter inúmeros milagres atribuídos a ele. Sua importância é tamanha que o Papa Francisco assinou decreto que tornou o jesuíta no mais novo santo da Igreja Católica.
São José de Anchieta tornou-se co-padroeiro de Itanhaém pela Lei Municipal nº 3.928, juntamente com Nossa Senhora da Conceição.
Itanhaém mantém viva a memória de um dos mais importantes personagens Brasil Colonial e dos mais reverenciados jesuítas da Igreja Católica em todo o mundo. José de Anchieta viveu na segunda cidade mais antiga do país durante o século XVI, entre 1563 e 1595, e suas marcas em Itanhaém podem ser vistas em diversos monumentos preservados e homenagens realizadas.
Virgem de Anchieta
A imagem de Nossa Senhora da Conceição, exposta na Igreja Matriz de Sant’Anna, é uma das mais importantes imagens sacras brasileiras, conhecida popularmente como ‘Virgem de Anchieta’. Feita de barro cozido (cerâmica), a sua origem ainda é assunto de discussão entre os muitos especialistas que a estudaram. Segundo alguns historiadores, a santa teria sido trazida por José de Anchieta ao Brasil.
Monumento
Esculpido pelo escultor Luiz Morrone, mesmo autor do desenho do brasão do Estado de São Paulo, em 1956, o monumento retrata a passagem do padre por Itanhaém. Está na Praça Narciso de Andrade, no Centro Histórico.
Carta de Batismo
No Museu Conceição de Itanhaém (antiga casa de Câmara e Cadeira), na Praça Narciso de Andrade, há um documento muito raro: cópia da carta de Batismo do Padre José de Anchieta.
Pocinho de Anchieta
Conforme a lenda, o Pocinho foi construído pelos índios instruídos pelo próprio Padre José de Anchieta, para aprisionamento dos peixes durante o inverno, quando a pesca era mais abundante. Trata-se de uma formação em pedras dispostas umas sobre as outras na Praia do Cibratel.
Painéis de Anchieta
Um museu a céu aberto. É assim que podem ser chamados os Painéis de Anchieta, projeto foi desenvolvido visando compor o cenário juntamente com a Cama de Anchieta e a Gruta Nossa Senhora de Lourdes. A técnica usada foi aplicação de pastilhas de vidro, o que torna a obra definitiva. Os painéis foram feitos nas fachadas dos reservatórios d’águam do Morro do Paranambuco, e tem um grande alcance visual.
Púlpito de Anchieta
É uma pequena elevação localizada na Praia dos Pescadores. Tradicionalmente tem sua imagem ligada à figura de José de Anchieta, mas hoje está ocupada por residências. Conta-se que o beato ali subia para apaziguar e catequizar os indígenas tupiniquins que habitavam a região compreendida entre o Japuí (hoje, São Vicente) e a região de Itariri.