Ossada misteriosa encontrada em Mongaguá intriga pesquisadores

Material foi localizado na praia do centro, na cidade do litoral Sul. Especialistas acreditam que se trata de vestígios de uma baleia

Por: Por ATribuna.com.br  -  15/09/20  -  09:10
Biólogos escavaram pontos na praia de Mongaguá nos quais a ossada foi encontrada por banhistas
Biólogos escavaram pontos na praia de Mongaguá nos quais a ossada foi encontrada por banhistas   Foto: Divulgação/ONG Ecomov

Uma ossada misteriosa encontrada por banhistas enterrada na praia do centro em Mongaguá ainda intriga especialistas. Análises iniciais de uma entidade independente, feitas neste sábado (12), levantam a suspeita de que o material se trata de vestígios de uma baleia. O porquê de o mamífero ter encalhado ali, quando isso teria acontecido e qual a espécie ainda são alvos das investigações.


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A descoberta da ossada desperta atenção dos especialistas, já que o material foi encontrado enterrado a mais de 50 centímetros abaixo da faixa de areia. Neste sábado (12), os pesquisadores obtiveram mais registros das amostras coletadas naquele ponto da orla da cidade do Litoral Sul, no final do mês passado.


A descoberta da ossada desperta atenção dos especialistas
A descoberta da ossada desperta atenção dos especialistas   Foto: Divulgação/ONG Ecomov

O achado ocorreu no dia 22 de agosto, ocasião em que integrantes da ONG Ecomov (Ecologia em Movimento) fizeram análise inicial que indicou se tratar de uma possível baleia. Responsável pela verificação inicial, a bióloga marinha Juliana Teixeira Gonçalves encaminhou amostras para laboratório de uma universidade de Santos.


A equipe da entidade foi a campo nesta sábado (12) a fim de obter mais dados para estudo. Devido à mudança da maré, foram necessárias mais de duas horas de buscas para identificar o ponto exato de onde a ossada foi inicialmente localizada. “Tivemos um trabalho pouco cansativo pois tínhamos perdido ponto devido a mudança da faixa de areia que acabou cobrindo a ossada”, explica Juliana.


O professor de Biologia Marinha da Unisanta Roberto Pereira Borges afirma que material precisa ser removido com cuidado para não destruir a parte ainda conservada da ossada. “Esperamos a alteração do clima e da maré para que possamos ter ossada mais exposta e mais fácil de retirá-la para análise laboratorial”, afirma ele, que orienta a pesquisa.



Os fragmentos coletados serão analisados pelo laboratório de Biologia Marinha da Unisanta. Um laudo deve ser encaminhado para Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público Estadual (MPE-SP).


Caberá ao braço do poder jurídico fazer a análise e encaminhar possível pedido de criação de um programa de monitoria e destinação de animais marinhos encontrados na cidade. “Os dados analisados irão nortear rumo dos trabalhos. Com eles, teremos provas de quantos anos esse animal estava ali, por quantos anos permaneceu enterrado e porque ficou ali”, finaliza Juliana.


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