A fim de colaborar com a comunidade do bairro Gaivota - onde possui um mercado - em Itanhaém, o empresário Valter Baldin, de 61 anos, decidiu dividir aquilo que possui com as pessoas que estão passando por dificuldades neste momento de pandemia. Por isso, o proprietário do mercado ‘Baratinho’ irá doar cestas básicas durante três meses para 60 famílias da região.
“É um bairro que fez muita coisa pela gente, fomos muito bem recebidos. Então, em um momento desse de carência e desemprego, resolvemos dividir o não muito que temos”, explica Valter. De acordo com ele, o comércio não é um mercado grande, mas é um negócio que foi acolhido pela comunidade: “Estou há 19 anos estabelecido aqui, tenho cerca de 28 funcionários”.
A decisão de doar as cestas básicas surgiu como forma de ajudar os autônomos que estão parados e todas as pessoas que passam pelas dificuldades que vão além da saúde por conta da Covid-19. “A maneira que encontramos foi essa. Isso é questão de ser humanitário com o próximo”, destaca o empresário.
Após divulgar a ação, os funcionários do mercado cadastraram as famílias que demonstraram interesse. “Foram 212 famílias cadastradas, agora estamos no momento da triagem para ir de casa em casa ver a necessidade de cada um”, explica Valter. De acordo com ele, o objetivo é saber que as 60 cestas serão destinadas a pessoas que realmente precisam.
Apesar de residir em Peruíbe, cidade vizinha, Valter possui um carinho muito grande pela região que possui o comércio, no Gaivota, em Itanhaém. “É um bairro bem carente. Há muita desigualdade, muita carência, estado de fome e miséria”, relata.
Cada cesta possui 26 itens, que somam cerca de 32 kg. Para o proprietário do mercado ‘Baratinho’, realizar a ação é gratificante: “Quando cadastramos as pessoas, vemos a necessidade de cada um estampada no rosto”.
O empresário afirma que a pandemia foi o motivo que o fez enxergar as dificuldades da população: “O que me ajudou a movimentar foi essa doença que está pegando muita gente, destruindo lares e matando muitas pessoas”. Ele explica que a fé move suas ações: “Nós temos a proteção de Deus, então temos mais que fazer pelo próximo mesmo”, finaliza.
Páscoa
Apesar do mercado não funcionar no final de semana da Páscoa por conta do lockdown, o comércio doou 600 ovos de chocolate para as crianças da comunidade. A entrega do chocolate contou inclusive com a presença do "coelho da Páscoa".