Levantamento mostra que crimes têm queda histórica na Baixada Santista

Números da Secretaria de Segurança Pública apontam a menor quantidade de homicídios, latrocínios e furtos de veículos desde 2002

Por: Da Redação  -  24/08/19  -  21:30
Furtos de veículos caíram de 25,5% entre janeiro e julho, na comparação com igual período de 2018
Furtos de veículos caíram de 25,5% entre janeiro e julho, na comparação com igual período de 2018   Foto: Carlos Nogueira/Arquivo/AT

A Baixada Santista tem o menor número de casos de homicídio, latrocínio e furto de veículos desde quando as estatísticas de criminalidade do Estado de São Paulo passaram a ser contabilizadas, em 2001.


A maior redução, de 62,5%, foi na quantidade de registros de latrocínio. O número caiu de oito casos, de janeiro a julho de 2018, para três no mesmo período deste ano. Houve, ainda, diminuição de 26,7% em homicídios, caindo de 86 para 63. Os furtos de veículos tiveram diminuição de 25,5%, reduzindo de 2.044 para 1.523.


Segundo o comandante de Policiamento do Interior Seis (CPI-6), coronel Rogério Silva Pedro, a colaboração da sociedade na prevenção de ocorrências e a dedicação cada vez maior dos policiais são os maiores responsáveis pela melhoria nos números da região.


Ele explica que os números de roubos de veículos e roubos são os melhores dos últimos dez anos. De janeiro a julho de 2018, foram registrados 1.111 casos. Neste ano, foram 909 no mesmo período, uma redução de 18,2%. Quanto aos roubos, os números baixaram de 9.008, de janeiro a julho do ano passado, para 8.231 neste ano, com redução de 8,6 %.“Os latrocínios são considerados mais graves entre os crimes e não há subnotificação nesses casos. Vemos uma enorme dedicação diária dos policiais, resultado da motivação”. 


“Principalmente no caso dos veículos, por causa do valor material, as pessoas não deixam de registrar o boletim de ocorrência”, menciona o coronel.


Ao comentar que nem sempre a população percebe na prática a melhoria apontada pelos números, Pedro pondera que, há 20 anos, não se tinha acesso a todos os crimes que aconteciam.


“Hoje em dia, vemos tudo o que acontece, até por conta da internet, da facilidade de se registrar e compartilhar conteúdo. Temos mais acesso às informações, e isso passa sensação de que o crime não está sendo controlado. Mas, analisando a quantidade, os números, houve uma grande redução”, diz.


Aumentos


Entretanto, houve aumento em um tipo de crime na região. O número de furtos pulou de 13.312, de janeiro a julho de 2018, para 15.291 registros no mesmo período deste ano.


Segundo o comandante do CPI-6, boa parte dos furtos é cometida por quem já foi preso. “Ele é obrigado por lei a ser liberado, e isso dificulta a prevenção. Se a pessoa não for forçada a se reeducar, ela não irá fazer isso sozinha. Por isso, para manter-se prevenido, é importante ficar atento à movimentação suspeita e sempre acionar a Polícia Militar”. orienta.


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