Lúcia Teixeira assume a presidência do Semesp

É a primeira vez que uma santista comandará a entidade de estabelecimentos de Ensino Superior

Por: Tatiane Calixto  -  26/03/21  -  15:18
A educadora, escritora e psicóloga santista Lúcia Teixeira tomou posse nesta sexta-feira (25)
A educadora, escritora e psicóloga santista Lúcia Teixeira tomou posse nesta sexta-feira (25)   Foto: Carlos Nogueira/AT

A educadora, escritora e psicóloga santista Lúcia Teixeira tomou posse nesta sexta-feira (25), como presidente do Semesp, entidade que representa mantenedores de ensino superior no Brasil. É a 1ª vez em quatro décadas que uma mulher assume o cargo. Segundo ela, o momento atual exige trabalho em rede para vencer os desafios impostos não apenas à educação brasileira, mas do mundo.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Lúcia é presidente do Complexo Educacional Santa Cecília e também traz outro ineditismo à presidência do Semesp, já que será primeira representante de uma instituição de fora da Capital Paulista a assumir o posto. “De certa forma, isso também representa o reconhecimento do papel importante de Santos e da Baixada Santista para a Educação”.


Para a educadora, diante dos impactos da pandemia, uma das principais ações será um trabalho intenso para garantir a ampliação do acesso ao Ensino Superior, aumentando o alcance, principalmente, de programas públicos para acolher os alunos. Em seu discurso de posse, ela destacou a importância das instituições privadas que, no início, atenderam estudantes que ficaram à margem das universidades públicas, grande parte de baixa renda.


“Hoje, somos mais de 6,5 milhões de universitários e 410 mil docentes que mudam o País”, disse, referindo-se a números das instituições particulares no Brasil. “Neste momento, que é tão desafiador, nosso principal empenho é apoiar as instituições nas mudanças e adaptações que virão nos próximos anos”, complementou.


Impactos na aprendizagem


Um ponto que faz deste cenário tão desafiador foi colocado pelo secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, que participou do evento virtual de posse, ao lado da presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães, e outras autoridades educacionais, além da participação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, em mensagem gravada em vídeo.


Conforme Soares, os impactos na aprendizagem dos estudantes durante a pandemia também serão sentidos pelas universidades com os alunos ingressantes, o que exigirá aproximação ainda maior do Ensino Superior com a Educação Básica.


Lúcia concorda, lembrando que os estudantes de escolas públicas tiveram que enfrentar dificuldades ainda maiores de acesso às aulas. “A escola foi para dentro da casa dos estudantes. Mas cada casa é diferente”. Para ela, será necessário um nivelamento ainda maior do que o feito até então pelas universidades para recuperar os conteúdos não aprendidos.


Porém, ela acredita que a experiência trazida pelos jovens durante a pandemia será uma ferramenta importante. “Eu sou testemunha do esforço das famílias, das escolas e dos professores, cujo papel de educador se agigantou muito neste momento”.


Rede colaborativa


Além da batalha pela ampliação do acesso ao Ensino Superior, inclusive incentivando a conclusão do Ensino Médio entre uma parcela importante da população brasileira que abandona a etapa antes de concluí-la, Lúcia diz que vai trabalhar visando uma grande rede de colaboração.


“Vamos incentivar cada vez mais a cooperação entre as instituições para auxiliar gestores e educadores. Isso será importante para melhorar a qualidade educacional e ajudá-los a se adaptar às novas formas de ensino, com cooperação com instituições internacionais, levando e trazendo experiências, porque hoje há desafios globais”.


Logo A Tribuna
Newsletter