Internet dá ainda mais força para o consumidor

Sites, redes sociais e apps trazem novas ferramentas na hora de resolver conflitos

Por: Eduardo Brandão & Da Redação &  -  15/03/20  -  17:58
No Dia Mundial do Consumidor, especialistas apontam que clientes estão mais espertos
No Dia Mundial do Consumidor, especialistas apontam que clientes estão mais espertos   Foto: Alexsander Ferraz

A popularização da internet não apenas revolucionou a compra de bens e serviços, mas também trouxe aos consumidores novas ferramentas na luta por seus direitos. Redes sociais, aplicativos e sites especializados já são uma espécie de extensões dos postos do Procon, auxiliando na resolução de conflitos de todo tipo.


A mudança nos últimos anos é tão grande que as empresas fazem o monitoramento constante do que é publicado para identificar possíveis críticas postadas por clientes e buscar formas de reduzir os estragos.


O uso dos meios digitais e a preocupação empresarial para medir conflitos de consumo são avanços apontados por especialistas nas comemorações do Dia Mundial do Consumidor, celebrado hoje, e nas três décadas de existência do Código de Defesa do Consumidor (CDC), promulgado em 11 de setembro de 1990.


Caminho facilitado


Facilidade para buscar a possível reparação e o fato de no País haver mais de 220 milhões de smartphones ativos afetam diretamente os varejistas. “Seja pela constante evolução da sociedade ou pelo impacto que recebe das tecnologias, a legislação não pode ficar parada”, afirma o coordenador do Procon-Santos, Rafael Quaresma. 


Ele explica que o consumidor está mais exigente, por ter amplo conhecimento de seus direitos e possuir mecanismos para buscar informações de produtos antes mesmo de escolher quais modelos deseja.


O responsável pelo setor em Mongaguá, Alessandro Cesar Ribeiro, destaca como a internet é importante para as novas formas de consumo. “Com o número de compras on-line em crescimento, é necessário que o Procon siga atualizado e permaneça na web. Uma boa saída para isso é a utilização de redes sociais”. 


Extensões


Outro fator destacado pelos especialistas é o uso de fóruns e sites para verificar a reputação de empresas e produtos antes da compra. “O número de pessoas que não conhecem seus direitos tende a diminuir se elas encontrarem essas informações na palma da mão”, continua Ribeiro. Sites como Reclame Aqui reúnem queixas sobre produtos e empresas. 


O diretor do Procon de Guarujá, Alexandre Cardoso, pondera que a transformação digital ajudou a moldar o comportamento do cidadão e fez com que os órgãos de proteção fossem criando novos canais para registro de reclamações, facilitando aos consumidores na busca por seus direitos. 


“Ao mesmo tempo, com as redes sociais, o atendimento eletrônico, blogs, sites e aplicativos, buscamos levar orientações, informações e dicas de forma rápida ao consumidor, pois de nada adianta ter direitos e não conhecê-los”. 


Viralizou


Foi pelas redes sociais que a microempreendedora Francielle Ramos Oliveira, de 35 anos, conseguiu resolver um problema. Ela postou um doce com larvas e a imagem viralizou.


“No mesmo dia, a fabricante falou comigo e pediu mais informações, como data e local da compra. Uma semana depois, recebi pelos Correios uma caixa fechada do produto. Isso fez com que não deixasse de comprar aquela marca”.


Logo A Tribuna
Newsletter