Instituições iniciam análise de ação para economia local

Entidades de Ensino Superior farão grupos para avaliar estágio de desenvolvimento das cidades em seis setores

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  22/08/19  -  13:10
Construção civil e mercado imobiliário são um segmento econômico a analisar
Construção civil e mercado imobiliário são um segmento econômico a analisar   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Cerca de 23 instituições de Ensino Superior (IES) se reúnem nesta quinta-feira (22), às 14 horas, para definir como serão divididos os grupos das prioridades elencadas pelo Inova – Região Metropolitana da Baixada Santista, lançado na terça-feira (20) no Sesc-Santos. A reunião será no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), em Cubatão. 


Com o propósito de gerar desenvolvimento econômico, empregos e qualidade de vida para a região, as instituições vão traçar um diagnóstico do atual estágio de desenvolvimento das nove cidades nos setores de turismo; logística e transportes; siderurgia; construção civil e mercado imobiliário; química, petroquímica e fertilizantes; e economia criativa. 


Serão, inicialmente, três meses de trabalho. Março de 2020 é a data para que, a partir do diagnóstico, se mostrem planos de ação.


Em um mês, já houve duas reuniões: uma na UniSantos e outra na Unaerp, onde se definiram as formas de trabalho. 
Entre os detalhes, decidiu-se, por exemplo, que cada segmento econômico será analisado por um grupo de 12 a 15 professores, pesquisadores e coordenadores de instituições, como explica o reitor da UniSantos, Marcos Medina. 


“Estamos perdendo muitos postos de trabalho. É importante a unidade. Num primeiro chamado fizemos a interlocução, convidando as 28 instituições da região, e 23 responderam”, conta.


Para Paulo Antônio Rufino de Andrade, vice-diretor da Faculdade de Bertioga, o número de instituições participantes destaca um amadurecimento e uma necessidade regional de união. 


“A Baixada precisa de uma guinada econômica, e não vejo outro segmento para promover esse diagnóstico de forma técnica, com olhar neutro, sem serem as faculdades”, diz.


Metropolização


Priscilla Maria Bonini Ribeiro, pró-reitora da Unaerp Santos-Guarujá, destaca que esse olhar regional será levado a ponto de os encontros serem cada vez em uma cidade. 


“A intenção é que as reuniões sejam itinerantes. Se queremos trabalhar metropolitanamente, nossas reuniões vão ser metropolitanas também. Não é a primeira ação desse tipo, mas não podemos nos furtar de participar de movimentos como esse. Não podemos deixar de acreditar que é possível dar certo”, diz. 


Sílvia Ângela Teixeira Penteado, reitora da Unisanta, ressalta que além de auxiliar no desenvolvimento econômico, as ações vão envolver alunos que vivem na região e, por vezes, saem por falta de oportunidades. 


“Muitos talentos se evadem, pois não há perspectiva de desenvolvimento. Com essa união, eles vão construir juntos a perspectiva exigida diante de tantos avanços que precisamos galgar. Depois, será preciso comunhão de esforços para tornar realidade. Estamos confiantes. Dará certo”, aponta.


Lideranças partidárias dizem que vão aderir ao plano


Deixando diferenças políticas de lado, vereadores e representantes de partidos se mostram receptivos ao Inova. Entre os presentes ao encontro no Sesc, Thiago Andrade, presidente do PC do B em Santos, por exemplo, contou que o partido aderirá.


“O País vive numa crise econômica muito grande, com impacto muito profundo na região e em Santos. No nosso entendimento, qualquer iniciativa que organize forças plurais ajuda”, considera.


Sandro Mastellari, presidente do PSDB em Guarujá, afirma que “a gente achou excelente. Ficamos supermotivados, porque a gente precisa. É uma baita ideia, porque é isso que vai responder qual o antídoto para a Região Metropolitana da Baixada Santista crescer”.


Legisladores da região também devem participar, pensa o vereador Roberto Andrade e Silva, o Betinho (MDB), de Praia Grande. Ele preside a União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs).


“Vi pelo menos dez vereadores da região lá. Que me lembre, de Peruíbe, Praia Grande, São Vicente, Cubatão e Santos. Ficou claro que o viés é buscar um diagnóstico da região. Dentro desse entendimento, a Uvebs apoia e vai ser participante”, diz.


Betinho quer que Ubevs tenha cadeira dentro do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista
Betinho quer que Ubevs tenha cadeira dentro do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista   Foto: Nirley Sena/AT

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