Indefinição no MEC preocupa lideranças do setor educacional

Desarticulação e ausência de orientações e planos afligem

Por: Tatiane Calixto & Da Redação &  -  14/03/19  -  12:51
  Foto: Arquivo/AT

As trocas de nomes no Ministério da Educação (MEC) e a indefinição de políticas públicas para o setor foram temas que permearam o 29º Fórum Estadual da União dos Dirigentes Municipais de Educação de São Paulo (Undime SP) que terminou ontem, em Atibaia (SP).


Durante o encontro, o presidente nacional da Undime, Aléssio Costa Lima, afirmou que os municípios precisam das orientações do MEC em pautas importantes e, mais do que isso, esperam definições sobre políticas públicas voltadas à Educação Básica.


Na terça-feira, Luiz Antonio Tozi deixou o cargo de secretário-executivo do Ministério. Em seu lugar, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez nomeou Rubens Barreto da Silva, antes adjunto de Tozi.


“Temos toda uma discussão em torno da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e questões que precisam ser implementadas a partir de 2020 e precisamos do MEC orquestrando isso. Estamos com um currículo novo por conta da base e temos que preparar nossos professores. Isso é um desafio urgente”, afirma o presidente.


Lima salienta, ainda, que é preciso ter do MEC respostas sobre a continuidade de programas federais, como os de apoio à alfabetização. Segundo ele, algumas ações estão sendo descontinuadas. “Há casos em que os municípios foram abandonados no meio da formação do Mais Educação, uma política federal de apoio à Educação Integral.”


“Estamos Aflitos”


Também ontem, a presidente do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, também comentou o assunto. “Estamos aflitos com o que está acontecendo no MEC.”


Para ela, apesar de o ministério não ser responsável pela gestão final das escolas de Educação Básica, é um órgão que dá a direção às políticas.


“Quando você tem o MEC desarticulado, que ainda não tem um plano, uma linha de atuação clara, prejudica os demais estados e municípios, que estão aguardando definições. Alguns podem deixar de fazer políticas porque não sabem o que virá. Isso causa uma insegurança em cadeia que chega até a sala de aula”, alerta.


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