A vaquinha realizada para que a família da bebê Agnes Louise dos Santos possa retornar para casa terminou acima da expectativa. A meta de R$ 15 mil, proposta pelos familiares, foi alcançada em menos de um mês. Em 30 dias, 332% do objetivo foi cumprido com doações em dinheiro. A menina segue internada na ala pediátrica da Santa Casa de Santos.
A vaquinha virtual ficou disponível para doações por um mês desde o dia 25 de março, e arrecadou, ao todo, R$ 49.864,66. Foram 562 doadores. A média é de R$ 88,72 doados por pessoa.
A bebê de sete meses sofre de uma síndrome rara ainda não identificada. Ela recebeu os diagnósticos de grave malformação craniana, cardiopatia congênita e hidrocefalia com derivação ventriculoperitonal. Agora, Thais Oliveira dos Santos, mãe da menina, pretende levá-la a um médico especialista em síndromes raras em Campinas.
Desde que nasceu em Guarujá, Agnes nunca foi para casa, uma vez que o imóvel deveria contar com um quarto hospitalar para manter a saúde da menina estável com o auxílio dos aparelhos necessários. A mãe da menina agradeceu em nome da família a ajuda que receberam de tantas pessoas. “O que nos alegra mais é saber que ainda existem pessoas maravilhosas, e que a maldade e o egoísmo não dominaram o mundo”.
Reforma
Para reformarem o quarto que receberá Agnes, o primeiro passo será adaptar o cômodo tanto para a enfermeira do 'Home Care', quanto para a bebê, segundo a mãe. “Vai ter ar-condicionado, banheiro para a enfermeira ter a privacidade dela, um armário para colocar os aparelhos de respiração e inalação, muitas e muitas tomadas, gerador de luz - não vai poder faltar luz -, boa iluminação, poltrona para a enfermeira, berço hospitalar...”, explica.
A família já providenciou orçamentos de material junto com o pedreiro contratado. Ao contrário do que imaginavam, a obra irá custar mais do que a meta de 15 mil reais da vaquinha virtual. Dessa maneira, a quantia extra que foi doada será usada nos serviços da obra.
O dinheiro restante será guardado para ser gasto com as despesas de luz e de saúde para a bebê. “Vamos fazer tudo que precisarmos para deixá-la confortável, e o que sobrar vamos guardar para as necessidades dela, quando for fazer uma cirurgia ou até mesmo para ajudar a pagar a conta da luz. Os aparelhos consomem muita energia”, finaliza Thais.