Parte da história da Baixada Santista, a edificação que abriga a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande passa a ser de responsabilidade da prefeitura de Guarujá pelos próximos 20 anos. É o que prevê um acordo firmado pelo poder público local e a Secretaria do Patrimônio da União (SPU). O documento permite ao município gerir o espaço, datado do século 16.
Com uma área de 28 mil metros quadrados, o local hoje um patrimônio cultural e símbolo da comunidade de Santa Cruz dos Navegantes, começou a ser erguido em 1584 para impedir o acesso de invasores, ainda no Brasil Colônia.
A cerimônia aconteceu no Paço Municipal Moacir dos Santos Filho, com a presença do prefeito Válter Suman (PSB), o chefe do Escritório Descentralizado (Edesc) da SPU - Santos, Luiz Fernando de Melo Correia, e o secretário municipal de Cultura, Marcelo Nicolau.
No encontro, os representantes discutiram o planejamento de ações a serem viabilizadas no patrimônio histórico para fomentar ações turísticas e culturais após a pandemia do novo coronavírus. “O Município já cuidava de toda a área, mas agora temos a formalização disso junto à União. É gratificante para a cidade abrigar uma construção tão antiga, que emana história e conhecimento por todas as frestas”, define o prefeito Válter Suman, no ato de assinatura da cessão.
Para o titular da Secretaria de Cultura de Guarujá, o objetivo é desenvolver políticas capazes de atrair o olhar de turistas e moradores à Fortaleza. “Com a implementação de eventos culturais, acessibilidade e investimentos na estrutura interna, externa e entorno do local, vamos potencializar essa relação” destacou Nicolau.
O representante da SPU, Fernando de Melo, salientou a importância da tratativa. “Há a necessidade de se priorizar o melhor aproveitamento do patrimônio, que neste caso, acontecerá por meio da gestão municipal. Em junho, o órgão já havia repassado à municipalidade o Forte de Vera Cruz do Itapema (Forte do Itapema), em Vicente de Carvalho. As construções fazem parte do cinturão erguido pela Coroa Portuguesa para a proteção da região contra invasão de corsários e piratas.