Pescadores improvisam vela com lençol e tentam remar com vassoura após ficarem à deriva

Dupla tentou pedir ajuda fazendo sinal de fumaça, mas nenhuma embarcação prestou socorro. Eles ficaram quatro dias à deriva em alto-mar

Por: Por A Tribuna.com.br  -  22/08/20  -  17:45
Pane em embarcação fez com que os pescadores ficassem à deriva por 4 dias
Pane em embarcação fez com que os pescadores ficassem à deriva por 4 dias   Foto: Reprodução/TV Tribuna

Após ficarem quatro dias à deriva, os pescadores de Guarujá Fabrício Euclides Margarida e Matheus dos Santos Nascimento puderam reencontrar as famílias. Depois de ficarem perdidos em alto mar, por causa de uma pane elétrica no barco, os pescadores tentaram fazer sinal de fogo com retalhos de um colchão e de um cobertor. Eles também improvisaram um lençol como vela e tentaram remar com uma vassoura.


A dupla foi até Santa Catarina para buscar uma embarcação, comprada por Fabrício, que seria usada a trabalho no litoral de São Paulo. No domingo (16), saíram daquela região para voltar ao Guarujá. Ainda no primeiro dia de viagem, o motor da embarcação teve uma pane elétrica, deixando os pescadores à deriva e sem sinal de telefone na altura de Barra Velha (SC).


Em entrevista à TV Tribuna, Matheus disse que depois de perceber a força com que uma pequena bandeira balançava com o vento, pensou em construir uma vela com o lençol. Com isso, o Fabrício usou a âncora como leme, para guiar o barco na direção certa e chegar mais perto da costa, para ter sinal de telefone e conseguir ajuda.


Depois de três dias sem dar notícias, a dupla conseguiu contato na quinta-feira (20), nas proximidades da cidade de Peruíbe. Ligaram para os familiares que logo conseguiram contato com outros pescadores da região. Com a ajuda de outras embarcações, conseguiram ser resgatados e levados de Peruíbe até Guarujá.


Para as famílias dos dois pescadores, foi um alívio reencontrá-los “Eu ficava na janela do quarto esperando ele chegar e não chegava. Ficava imaginando que ele estava passando fome e frio e eu aqui dentro de casa. Foi um alívio”, diz Marlete Margarida, mãe de Fabrício, à TV Tribuna.


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