Guarujá repõe 15 médicos na rede pública nesta terça-feira

Cidade é a mais prejudicada com fim da parceria do Programa Mais Médicos com Cuba

Por: Da Redação  -  04/12/18  -  12:11
  Foto: Helder Lima/PMG

Quinze novos médicos começam a trabalhar nesta terça-feira (4) na rede pública de saúde de Guarujá. Eles preenchem pouco mais de metade das vagas deixadas pelos 29 profissionais cubanos que foram embora, após o governo de Cuba deixar o programa Mais Médicos. O Município foi o mais prejudicado na região com o fim da parceria.


“Eles estão sendo encaminhados seguindo a necessidade de serviço que está sendo direcionada pela diretoria de Atenção Básica. Temos unidades mais carentes de médicos que outras”, explicou Sandro Abreu, secretário de Saúde de Guarujá.


Na segunda (3), os médicos foram recebidos em um evento na Prefeitura. Os perfis são variados, de jovens recém-formados até um com 44 anos de experiência. Três têm especialização (geriatra, psiquiatra e saúde da família). Há profissionais da Baixada e de locais como Rondônia, Minas Gerais, Interior de São Paulo e Brasília (DF).


Prioridade


O programa Mais Médicos tem inscrições abertas até sexta-feira (7). O secretário diz que não sabe quantos se inscreveram para atuar em Guarujá, porque é o Ministério da Saúde que cuida da contratação. “Se continuar nessa toada de profissionais procurando a Cidade, a gente deve preencher o número. Estou sendo otimista, mas eu acredito que é possível”.


Caso isso não ocorra, o Governo Federal pode lançar um novo edital para contratar médicos sem CRM – registro que o profissional formado obtém depois de se inscrever no Conselho Regional de Medicina – ou estrangeiros.


Depois que o quadro ficar completo, Sandro Abreu acredita em uma nova distribuição dos profissionais, para que os primeiros a chegar possam escolher uma unidade.


Os profissionais contratados pelo Mais Médicos trabalham na Atenção Básica de Saúde dos municípios, que é a porta de entrada da rede municipal. Em Guarujá, é composta por 15 unidades de saúde da família (Usafas) e cinco unidades básicas de saúde (UBSs).


A jornada de trabalho é de 40 horas semanais, mas uma parte tem de ser destinada a um curso de formação em Saúde da Família e Comunidade.


O Ministério da Saúde paga aos médicos salário de R$ 11.800,00. As prefeituras complementam a quantia com R$ 1.500,00 de auxílio moradia e R$ 500,00 de vale alimentação.


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