Guarujá reabre o comércio com ruas cheias e lojas além do horário

Primeiro dia de flexibilização leva as pessoas para as áreas públicas e até às praias, apesar do tempo ruim

Por: Nathália de Alcantara  -  16/06/20  -  16:04
 Bares e restaurantes podem escolher dois horários para permanecer com as portas abertas
Bares e restaurantes podem escolher dois horários para permanecer com as portas abertas   Foto: Matheus Tagé/AT

A Avenida Thiago Ferreira, em Vicente de Carvalho, Guarujá, voltou a ficar com as calçadas cheias de gente. Depois de mais de 80 dias com diversas lojas de portas fechadas, o primeiro dia de flexibilização de shoppings, hotéis, comércio de rua e outras atividades na Cidade levou as pessoas para as ruas.


O horário das 12h à 16h não foi respeitado por diversos lojistas, que fecharam as portas depois do horário limite somente ao verem a Reportagem. “As lojas precisam se organizar melhor. Do lado de fora, fica tudo errado, com pessoas sem máscara e umas em cima das outras”, desabafou a dona de casa Claudinete Sampaio, de 47 anos, moradora do Pae Cará. “Eu vim para comprar cobertores e já me arrependi”.


Segundo a Prefeitura, as máscaras devem ser usadas por funcionários e clientes. Também devem ser oferecidos meios para higienização das mãos (água e sabão ou álcool em gel), higienização constante de superfícies de toque, distanciamento mínimo de 2 metros entre as pessoas nas filas e controle da entrada de clientes na proporção de até 20% da lotação máxima.


As máquinas de cartões de débito e crédito ainda deverão ser limpas a cada uso com álcool 70% ou água sanitária e, nos estabelecimentos fechados, será obrigatória a aferição da temperatura corporal, sendo vedada a entrada de quem apresentar mais de 37,5°C.


O servente Antonio Ferreira dos Santos, de 38 anos, também foi às compras no comércio mais popular de Guarujá. “Estou precisando de um tênis e vim. Já quis aproveitar para tomar um ar. Achei que estaria bem mais cheio”.


Praia livre


Já nas praias, nem a chuva fina e o frio mantiveram as pessoas longe. Alguns se arriscaram na caminhada e outros na corrida, inclusive na faixa de areia. Desde ontem, atividades ao ar livre podem ser praticadas, desde que respeitem o distanciamento mínimo recomendado. Já espreguiçadeiras, esteiras e mesas precisam ficar afastadas.


No Centro, em frente ao Shopping La Plage, tinha fila para entrar no estabelecimento. Fitas delimitavam o acesso dos clientes e a medição de temperatura era feita na entrada principal.


Quem estava lá era a dona de casa Maria Severina Soares, de 45 anos. “Vim comprar roupas para mim. E que lugar é melhor para fazer isso do que o shopping?”.


A enfermeira Solange do Nascimento, de 34 anos, também estava na fila. Mas o objetivo era trocar uma sandália que a filha, Julia, de 5 anos, ganhou de presente. “É muito melhor ela vir e já experimentar. Com criança, é muito ruim fazer troca pela internet. Temos de ver conforto, tamanho e como ela se sente”.


Veja as regras


Comércio de rua, concessionárias e revenda de veículos: de segunda a sexta, das 12 às 16h, e aos sábados, das 10 às 14h


Shoppings centers, galerias e congêneres: de segunda a sábado, das 16 às 20h, exceto as praças de alimentação, que só poderão atender nos sistemas delivery ou de retirada presencial. Consumo no local está proibido.


Atividade imobiliária e escritórios em geral: de segunda a sexta, das 10 às 14h, ou por prévio agendamento. Porém, fica proibido às imobiliárias, agenciadores e intermediários a contratualização de locações temporárias com fins turísticos.


Marinas: poderão funcionar de segunda a  quinta-feira, sem horários específicos. Porém, apenas para a realização de manutenção das embarcações e descida para testes, com limites estipulados de 10% das embarcações abrigadas a cada dia e de 40% da capacidade total da respectiva embarcação, para evitar aglomerações. A descida para atividades com fins de esporte e recreio está proibida.


Hotéis, pensões e similares: o atendimento será exclusivo a clientes corporativos ou ligados a atividades comerciais e laborais essenciais e com o limite de 30% da capacidade total de hospedagem. 


O serviço de alimentação só poderá ser disponibilizado nos quartos/unidades e está proibida a abertura de restaurantes.


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