Guarujá e CDHU firmam convênio para construção de 900 moradias populares

BID repassará R$ 530 mi para atender famílias em áreas de risco

Por: Da Redação  -  25/07/20  -  12:00
Moradores da Vila Baiana estão entre os abrangidos pelo projeto
Moradores da Vila Baiana estão entre os abrangidos pelo projeto   Foto: Alexsander Ferraz/AT

A Prefeitura de Guarujá assinou convênio com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado (CDHU) para a construção de 900 moradias para famílias que moram em áreas de risco da Vila Baiana, da Vila Júlia e do Jardim Três Marias. O investimento será de US$ 100 milhões – cerca de R$ 530 milhões. Os recursos sairão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a CDHU. 


O projeto faz parte do Programa Litoral Sustentável, criado em 2016. Ainda não há prazo para início das obras. Segundo o secretário municipal de Habitação, Marcelo Mariano, técnicos do BID já visitaram a Cidade em 2019 e neste ano, fazendo vistorias e estudos.


Nem todas os moradores dessas comunidades terão de ser realocados. A verba também será utilizada para obras de urbanização de espaços que poderão continuar habitados e abrangera, pelo menos, 2 mil famílias, explica o secretário. “Ele se assemelha ao projeto Serra do Mar (em Cubatão). As pessoas serão removidas por questões ambientais, porque estão em área de risco ou por questões de urbanização.”


As famílias que precisarem se mudar irão para as unidades a serem erguidas na esquina das avenidas Lydio Martins Correia e Antenor Pimentel, no Morrinhos. “É um terreno pertencente à CDHU, onde terá que ser feita toda a urbanização como aterro, drenagem, infraestrutura de água e esgoto, pavimentação, iluminação pública.”


Segundo Mariano, o foco do projeto não é remover famílias, mas “a regularização fundiária, porque é mais barato manter a pessoa no local e levar a infraestrutura para ela”.


Deslizamentos


O programa não incluirá famílias do Morro do Macaco Molhado nem da Barreira do João Guarda, que sofreram com as fortes chuvas do início de março.


Mariano explica que já havia destinação específica no projeto entregue ao Governo e ao BID, que era anterior à tragédia.


“Tenho que informar quantos imóveis serão e para quem se destinrão. E, quando assino o convênio isso já está lá registrado. Não há como mudar no meio do caminho.”


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