Família busca justiça por cachorro envenenado pelo vizinho em Guarujá

Animal foi encontrado morto e autópsia identificou chumbinho no organismo

Por: Por ATribuna.com.br  -  03/04/21  -  19:29
Bentley foi envenenado com chumbinho
Bentley foi envenenado com chumbinho   Foto: Arquivo Pessoal

A bacharel em direito Luiza Abduch, de 30 anos, buscou a delegacia no Guarujá no último domingo (28 de março) para prestar queixa contra um vizinho. Um professor de 55 anos é o principal suspeito de envenenar Bentley, o rotweiller que ela ganhou há quase 2 anos de seu namorado. Apesar de todas as provas, investigação não teve andamento e por isso Luiza passou a buscar justiça e visibilidade nas redes sociais.


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No último dia 23 de março, o cachorro foi encontrado morto em um terreno ao lado de onde Luiza mora e a causa da morte foi constatada por um médico veterinário como envenenamento por carbamato, mais conhecido como chumbinho, veneno proibido de ser comercializado.


No dia 1º de março, Breno Bombach, namorado de Luiza, recebeu em seu estabelecimento a ameaça de um homem que alegava que os cachorros latiam durante a noite, o que impediria sua mãe idosa de dormir. Segundo ele, a frase exata proferida pelo suspeito foi "se você não der um jeito, eu vou dar o meu".


O casal buscou câmeras dos comércios próximos ao estacionamento e reuniu mais de 10 testemunhas, até descobrir que o suspeito morava no mesmo prédio que Luiza.


Ao encontrar o cachorro morto, em um terreno cedido por um colega para abrigar o animal antes de se mudar, pouco mais de 20 dias depois da ameaça, e constatar um envenenamento por meio de uma necropsia, Luiza não teve dúvidas: "pedi todas as imagens de câmera que pude, e no elevador do prédio dá pra ver nitidamente quando ele gesticula uma rota para o irmão; outras imagens mostram quando eles dão a volta no quarteirão para o guarda noturno do estacionamento do meu namorado não vê-los", contou ela à reportagem de A Tribuna.


As imagens, cedidas por Luiza à reportagem, mostram quando o suspeito atravessa a rua em direção ao terreno com uma sacola, e volta ao prédio de residência, trajeto que, segundo ela, dura nove minutos.


"Não faz sentido eles saírem às 20h15 no meio do lockdown com uma sacola e passar em frente ao terreno um dia antes do meu cachorro morrer envenenado", desabafou Luiza.


Caso não tem andamento na delegacia


Mesmo enlutados, Luiza e Breno reuniram imagens de câmeras e entregaram um pendrive na delegacia, ao registrar o boletim de ocorrência no último domingo (28). Apesar disso, a bacharel alega que o caso não está em andamento e nem recebe respostas aos seus questionamentos.


"Já fui na delegacia três vezes, estamos até agora esperando uma posição da polícia e não sabemos nem se foi instaurado o inquérito", contou ela.


A Lei Sansão prevê pena de um até cinco anos para crimes de maus-tratos a animais.


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