Ex-funcionários da Saúde de Guarujá relatam que gestora não quitou rescisão

Atraso faz com que trabalhadores desligados percam o prazo para dar entrada no seguro-desemprego

Por: De A Tribuna On-line  -  17/03/19  -  09:15

Funcionários das Unidades de Saúde da Família (Usafas) de Guarujá, que foram desligados recentemente, relatam que a Organização Social (OS) Pró-Vida, gestora do serviço, não tem pago os valores referentes a rescisão contratual.


De acordo com a denúncia, a situação tem feito com que esses trabalhadores percam o prazo para dar entrada no seguro-desemprego.


"Enrolaram uma colega minha. Ela acabou perdendo o prazo. Depois, ela recebeu apenas a rescisão, mas com o valor incorreto", comenta uma ex-funcionária.


De acordo com os relatos, o departamento financeiro da Pró-Vida teria enviado um comunicado no qual informou que houveram mudanças administrativas na Secretaria Municipal de Saúde de Guarujá. Isso teria prejudicado o repasse feito pela Prefeitura à organização social. 


Em nota, a Organização Social Pró-Vida disse que, dentro do cronograma previsto, os pagamentos de todos os débitos contratuais serão efetuados na próxima semana.


Histórico de atrasos


A Tribuna On-Line tem acompanhado a situação envolvendo funcionários e ex-empregados da Saúde de Guarujá. Em novembro do ano passado, trabalhadores informaram sobre o atraso referente aos pagamentos de salários e benefícios, além do depósito de FGTS e INSSs. O clima era de revolta e tensão, pois, além de sofrerem com os atrasos, os trabalhadores teriam sido coagidos a não reclamar. 


À época, a OS Pró-Vida alegou que os atrasos ocorreram por causa de um "desequilíbrio econômico-financeiro do projeto das Usafas".


Denúncias no mesmo sentido foram realizadas entre dezembro de 2018 e fevereiro deste ano. No início de março, segundo uma funcionária, o atraso no pagamento do vale-alimentação para funcionários das Usafas completou 7 meses.


Questionada sobre a situação, a OS Pró-Vida citou, novamente, que estava em fase de superação do desequilíbrio econômico-financeiro na execução da Estratégia de Saúde da Família de Guarujá, e está empenhando esforços para normalizar o passivo financeiro. 


Problemas envolvendo a quitação de rescisões contratuais também foram relatados. Em janeiro, uma ex-auxiliar de saúde bucal, que havia pedido desligamento em novembro de 2018, contou que ainda não havia recebido o dinheiro.  


"Até agora, a única informação que me deram é de que não tem data para eu receber minha rescisão. Não me informam o motivo. Só respondem isso. Sem previsão", disse a ex-funcionária, à época.


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