Chuvas de março: Guarujá finaliza apenas 70% das obras emergenciais

Cidade mais afetada pelo temporal de março passado, Guarujá foi a localidade que mais recebeu recursos. A administração solicitou pouco mais de R$ 100 milhões aos governos estadual e federal

Por: Eduardo Brandão  -  22/10/20  -  15:06
Doria diz que não há mais possibilidade de resgate de pessoas com vida em Guarujá
Doria diz que não há mais possibilidade de resgate de pessoas com vida em Guarujá   Foto: Carlos Nogueira/AT

Sete meses após as chuvas torrenciais, que trouxeram um mar de destruição e de mortes na Baixada Santista em março passado, os projetos emergências para evitar novas erosões nas encostas regionais ainda não estão finalizadas. Menos de 70% das intervenções, custeadas com recursos da União e Estado, foram concluídas em Guarujá. A atual dinâmica coloca essas áreas em alerta, já que a temporada de chuvas se aproxima. 


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A chuva deixou 45 mortos na Baixada Santista. Cidade mais afetada pelo temporal de março passado, Guarujá foi a localidade que mais recebeu recursos. A administração solicitou pouco mais de R$ 100 milhões aos governos estadual e federal para obras de limpeza e reestruturação dos locais atingidos pelos deslizamentos decorrentes da tempestade de março deste ano.  


Conforme cálculos da administração, ao governo Federal foram R$ 77 milhões. Contudo, até o momento, foram liberados R$ 20,5 milhões. Deste total, R$ 17 milhões serão aplicados no Morro da Barreira, para limpeza e remoção de entulho proveniente dos deslizamentos. O ponto foi o mais afetado com o aguaceiro. “O restante, R$ 3,5 milhões, será destinado à limpeza e desobstrução de galerias pluviais das ruas do entorno das áreas. As obras tiveram início em setembro”, informa por meio de nota. 


Já o Governo do Estado anunciou a liberação de R$ 25 milhões, no entanto, foram liberados R$ 23,5 milhões. “Com esses recursos, a Prefeitura de Guarujá iniciou as obras de contenção do Morro da Bela Vista, também conhecido como Morro do Macaco Molhado, que oferecia maiores riscos de novos deslizamentos”, cita o comunicado. 


Conforme o atual cronograma, os serviços em andamento incluem sondagem do solo, escavação e transporte de material solto, carregamento e transporte de material contaminado e a compactação e o taludamento do solo.  


Para evitar novos deslizamentos de barreiras, é adotada a aplicação do método de solo grampeado com revestimento de concreto projetado sobre tela soldada em aço. Também está sendo feito o plantio de grama nas áreas de contenção. 


A administração informa que há serviços de drenagem em execução no local para captação do líquido por meio de canaletas de concreto, além da construção de escadas hidráulicas e dissipadores de energia em pedra argamassada. A Prefeitura ainda complementou os recursos utilizados para recuperação do Morro da Bela Vista com uma contrapartida de R$ 1,5 milhão, provenientes do tesouro municipal. 


Além da Barreira e Morro da Bela Vista, os morros da Cachoeira, Engenho e Vila Baiana necessitam de obras de contenção. Um projeto específico a essas localidades foi apresentado à União, e a  administração espera, no mínimo, R$ 42 milhões para essa execução. A prefeitura diz ainda que os R$ 20,5 milhões liberados pela União são para uso específico no chamado plano de resposta rápida, “que se destina a serviços de limpeza e correção dos estragos causados pela tragédia”.  


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