Adolescente de Guarujá consegue encontro com Jair Bolsonaro

Morador da cidade, de 12 anos, entrou no Forte dos Andradas e conversou com o presidente

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  22/04/19  -  20:22
Enzo conseguiu se encontrar com Bolsonaro em Guarujá
Enzo conseguiu se encontrar com Bolsonaro em Guarujá   Foto: Divulgação

Um menino guarujaense de 12 anos conseguiu, no domingo (21), furar a agenda de folga presidencial e ser atendido por Jair Bolsonaro (PSL). Enzo Barros Trevizan, morador do bairro Santo Antônio, participou do último ato do presidente em Guarujá.


Enzo foi atendido às 9h30 e ficou por dez minutos. Recebeu uma ligação no dia anterior confirmando a visita para falar com o presidente sobre a Doença de Crohn - inflamação no trato gastrointestinal – e outras Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). Atualmente, na região, cerca de 500 pessoas retiram medicamentos para DII só pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


A aproximação foi possível após o vereador Sargento Pastor Marcos (PSB) pedir ao chefe do Executivo atenção à causado menino.


“Ninguém consegue saber, olhando, quem tem a doença. Pedi para vir aqui, não por mim, mas por milhões de pessoas que sofrem, para que todo mundo conheça essa doença. Para que isso chegue em alguém que desenvolva a cura”, falou o garoto.


Enzo lembra que, cerca de um ano atrás, começou a sentir fortes dores intestinais. Era o Crohn, que inflama o trato intestinal.


“Aí, comecei a buscar a cura. Dei entrevistas e cheguei aqui. O presidente falou que vai conversar com o Ministério da Saúde. Minha médica entregou dois ofícios, um pedindo para iluminar monumentos de roxo no mês de maio, em Brasília, e outro para estudos sobre a doença”, contou o estudante. “Estou feliz comigo mesmo, porque nunca pensei em chegar tão longe, em poder representar mais que eu mesmo”.


A médica gastroenterologista Bianca Schiavetti, que acompanhou a visita a Bolsonaro, é presidente do Grupo de Apoio das Doenças Inflamatórias Intestinais da Baixada Santista (Gadiibs). Explicou que as DIIs não têm cura e que os medicamentos custam em média R$ 550 por mês.


Para a médica, é preciso um alerta. “As DIIs podem ter comportamento leve ou agressivo. O presidente perguntou como está o Brasil em relação ao mundo sobre os estudos e expliquei que precisamos avançar. Uma aproximação com Ministério da Saúde ou com a primeira dama, ligada aos assuntos de doenças raras, pode melhorar pesquisas”, disse. Ela, que também é coordenadora da regional São Paulo do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (Gediib).


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