Os 1.050 funcionários dos Correios de Bertioga ao Vale do Ribeira recusaram, em assembleia na noite desta quarta-feira (31), a proposta de reajuste salarial de 0,8%. Mas, a pedido do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a categoria segue trabalhando normalmente na região.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira, José Antonio da Conceição, será mantido o estado de greve pelo menos até 31 de agosto.
“A recomendação veio do juiz, em reunião realizada na tarde de hoje [quarta-feira, 31], para que seja feita uma negociação com a empresa até lá. Então, vamos aguardar esse prazo”.
No entanto, Conceição se diz aberto para negociar a qualquer momento. “Podemos realizar novas assembleias nesse período ou receber alguma boa proposta”.
Os motivos são, segundo o presidente do sindicato, falta de reajuste salarial e retirada de direitos históricos da categoria. “Não temos como aceitar uma proposta como essa que está sendo apresentada”.
Entre as mudanças apresentadas pelos Correios, estão a retirada do vale-alimentação no período de férias e do bônus de R$ 1.100 no fim de ano.
O pagamento da hora extra também passaria dos atuais 70% para 20% e há a intenção de extinguir o vale-cultura de R$ 50 para quem recebe até cinco salários mínimos atualmente (R$ 4.990).
Os pais dos trabalhadores também foram excluídos do plano de saúde da empresa. A partir de agora, ele estará disponível apenas para filhos e cônjuge.
Resposta
Por meio de nota, os Correios informaram que seguem em negociação, com mediação do TST.